Discussões que não podem ficar para depois
De 1 a 4 de maio Cuiabá será palco do XX Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica com o tema “Do Prematuro ao Adolescente: Nefrologia Pediátrica na Era da Inteligência Artificial”. O evento terá painéis, mini conferências e mesas redondas.
Essas atualizações são importantes num universo tão pequeno de especialistas. Somos hoje, pouco mais de 400 nefropediatras no Brasil para assistir 5.000 municípios. É muito pouco no universo de crianças e adolescentes que nascem ou desenvolvem doenças renais no país.
Um dos temas será o transplante de rim. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos.
Em números absolutos, o país ocupa a terceira posição mundial entre os maiores transplantadores de rim.
Os rins podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento, já que a função renal pode ser mantida por um único rim, sem que isso cause prejuízos à saúde do doador.
Em 2022 foram registrados 4.828 procedimentos do tipo. Estima-se que existam 850 milhões de pessoas com doença renal no mundo, em decorrência de diversos fatores. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham doenças renais.
Atualmente, existem 729 estabelecimentos de saúde habilitados na alta complexidade para cuidado de doenças renais crônicas no SUS, com oferta de hemodiálise, diálise peritoneal e cuidado do pré-dialítico.
Portanto, apesar de ser pouco conhecido do público a especialidade de nefropediatria ela existe e precisa de mais divulgação e discussões. Quando se identifica desde cedo qualquer anormalidade fica mais fácil tratar.
Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é médica Nefropediatra no Hospital Santa Rosa e professora na UNIVAG- CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327.
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