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Uma Reflexão Necessária
O tablado de xadrez da política está movimentado. Isso não é de hoje. Vem desde a apuração dos votos das urnas de 2010. Bem mais pela base aliada. Pois a oposição, infelizmente, continua como a um barco a deriva. Mais perdidos ainda se encontram os partidos oposicionistas em Mato Grosso. Tanto que são incapazes de pensar estrategicamente as campanhas do ano vindouro. Bom para a situação. Porém muitíssimo ruim para o grosso do eleitorado que, gostaria de ter, sempre as duas opções.
Quadro que se repete em quase todos os municípios-pólos do Estado. Nestes, a oposição se encontra em melhor estágio em Sinop e em Rondonópolis. Curiosamente, duas administrações nas mãos do PMDB. Na Capital, as siglas que compõem o bloco “Mato Grosso Muito Mais” estão à mercê da “boa vontade” do empresário-socialista, cuja intenção primeira é retornar ao partido de seu padrinho político, mesmo tendo que enfrentar resistências por parte de antigos companheiros; enquanto em Cáceres, parte dos oposicionistas tende a migrar para o PSD – agremiação governista. Igualmente se pode dizer com relação ao DEM, que não esteve no palanque da reeleição de Silval Barbosa, mas detém uma secretaria estadual, e isso a torna uma aliada. A despeito do que diz seu maior líder que, por interesses particulares, pretende conversar com o tucanato cuiabano, com vistas à disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Conversar, porém sem projeto algum. Falta-lhe na bagagem, assim como também inexiste no ninho, um discurso alternativo. Capaz de seduzir uma população já desconfiada e calejada em razão do caos presenciados na segurança e na saúde. Um de seus nomes, peessedebista, com grandes possibilidades, também esteve na chefia da pasta da saúde, e, nesse sentido, carrega parte da culpa do atual estágio. Isso chamusca o casamento PSDB/DEM, sem, contudo, invalidá-lo. Até porque as outras possíveis alianças, na Capital, também têm enormes problemas. Inclusive a governista, uma vez que grande parte da crise na saúde pública cuiabana, por exemplo, também foi provocada pelos descasos do governo estadual, somado ao desleixo dos parlamentares regionais, que vivem a pensar tão somente nos seus interesses individuais, e, por conta disso, ganham dividendos eleitorais com suas vans-ambulâncias e casas de repousos.
Igual fotografia que se tem em Várzea Grande. Isso no que diz respeito à saúde e a segurança públicas. Porém, do outro lado da ponte, a situação torna-se mais complicada. Pois conta com uma Câmara Municipal ineficiente e uma gestão desastrada. Apesar disso, a oposição “não se achou”. Tanto que os postulantes mais fortes à prefeitura são oriundos da ala governista. A começar pelo vice-prefeito, que hoje se encontra nas fileiras do PSD, e, por meio deste partido, tenta conquistar a cadeira de titular do “Paço de Couto Magalhães”, sob o batuque de “nada ter” com os desarranjos da então gestão; seguido bem de perto por dois peemedebistas: um deputado e o outro, chefe da Secretaria das Cidades. Ambos, infelizmente, aparecem de “mãos abanando”. Porém, em melhores situações em que se apresenta o ex-candidato e jornalista. O mesmo que desistiu de concorrer em 2008, embora estivesse à frente em todas as pesquisas de intenção de votos e cedeu a esposa para ser candidata a vice na chapa do DEM.
Estranheza maior é visualizar uma oposição sem perspectiva alguma. Apagada tanto no interior como fora do Parlamento regional. PSDB, PPS, PSB e PDT não têm nomes fortes para as disputas de 2012. Sobretudo nos municípios-pólos. Isso explica pela falta de articulação, de estratégia e de projetos, inclusive grupais para as disputas que, apesar de distantes, demonstram a fraqueza desses partidos políticos. Mais ainda, pela ausência de conhecimento político e de desconhecimento de eleição. Duas características valem dizer, também percebidas nos integrantes da situação. Estes, no entanto, contam com as benesses do governo. Pobre povo!!!
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Quadro que se repete em quase todos os municípios-pólos do Estado. Nestes, a oposição se encontra em melhor estágio em Sinop e em Rondonópolis. Curiosamente, duas administrações nas mãos do PMDB. Na Capital, as siglas que compõem o bloco “Mato Grosso Muito Mais” estão à mercê da “boa vontade” do empresário-socialista, cuja intenção primeira é retornar ao partido de seu padrinho político, mesmo tendo que enfrentar resistências por parte de antigos companheiros; enquanto em Cáceres, parte dos oposicionistas tende a migrar para o PSD – agremiação governista. Igualmente se pode dizer com relação ao DEM, que não esteve no palanque da reeleição de Silval Barbosa, mas detém uma secretaria estadual, e isso a torna uma aliada. A despeito do que diz seu maior líder que, por interesses particulares, pretende conversar com o tucanato cuiabano, com vistas à disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Conversar, porém sem projeto algum. Falta-lhe na bagagem, assim como também inexiste no ninho, um discurso alternativo. Capaz de seduzir uma população já desconfiada e calejada em razão do caos presenciados na segurança e na saúde. Um de seus nomes, peessedebista, com grandes possibilidades, também esteve na chefia da pasta da saúde, e, nesse sentido, carrega parte da culpa do atual estágio. Isso chamusca o casamento PSDB/DEM, sem, contudo, invalidá-lo. Até porque as outras possíveis alianças, na Capital, também têm enormes problemas. Inclusive a governista, uma vez que grande parte da crise na saúde pública cuiabana, por exemplo, também foi provocada pelos descasos do governo estadual, somado ao desleixo dos parlamentares regionais, que vivem a pensar tão somente nos seus interesses individuais, e, por conta disso, ganham dividendos eleitorais com suas vans-ambulâncias e casas de repousos.
Igual fotografia que se tem em Várzea Grande. Isso no que diz respeito à saúde e a segurança públicas. Porém, do outro lado da ponte, a situação torna-se mais complicada. Pois conta com uma Câmara Municipal ineficiente e uma gestão desastrada. Apesar disso, a oposição “não se achou”. Tanto que os postulantes mais fortes à prefeitura são oriundos da ala governista. A começar pelo vice-prefeito, que hoje se encontra nas fileiras do PSD, e, por meio deste partido, tenta conquistar a cadeira de titular do “Paço de Couto Magalhães”, sob o batuque de “nada ter” com os desarranjos da então gestão; seguido bem de perto por dois peemedebistas: um deputado e o outro, chefe da Secretaria das Cidades. Ambos, infelizmente, aparecem de “mãos abanando”. Porém, em melhores situações em que se apresenta o ex-candidato e jornalista. O mesmo que desistiu de concorrer em 2008, embora estivesse à frente em todas as pesquisas de intenção de votos e cedeu a esposa para ser candidata a vice na chapa do DEM.
Estranheza maior é visualizar uma oposição sem perspectiva alguma. Apagada tanto no interior como fora do Parlamento regional. PSDB, PPS, PSB e PDT não têm nomes fortes para as disputas de 2012. Sobretudo nos municípios-pólos. Isso explica pela falta de articulação, de estratégia e de projetos, inclusive grupais para as disputas que, apesar de distantes, demonstram a fraqueza desses partidos políticos. Mais ainda, pela ausência de conhecimento político e de desconhecimento de eleição. Duas características valem dizer, também percebidas nos integrantes da situação. Estes, no entanto, contam com as benesses do governo. Pobre povo!!!
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/artigo/581/visualizar/
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