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Opinião
Quarta - 06 de Março de 2024 às 00:02
Por: João Lombardi

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Independente do objetivo de performance, saúde ou estética, a suplementação sempre aparece como opção para auxiliar nos resultados. Existem diversos tipos de suplementos, não sendo diferente para o mundo do esporte. Mas a quantidade de opções disponíveis não significa que exista um suplemento para cada problema, além de que o suplemento não será a solução exclusiva.


É importante que a própria palavra em si já explica que ele é necessário em situações em que a necessidade de um macro ou micronutrientes não foi suprida e assim, é indicado suplementar o que está faltando. Nessa situação, a suplementação é muito bem vinda. Na maioria das situações que os nutrientes são completamente fornecidos por alimentação, não há benefício nenhum em suplementar a mais.

Um exemplo importante é o da creatina, em que atingir uma quantidade via alimentação é muito difícil, e assim, em muitas situações, a suplementação de creatina vai bem. Ou então a Vitamina D, em que o estilo de vida ocidental faz com que a população não tenha exposição de sol necessária para atingir a quantidade necessária de Vitamina D circulante, e em níveis abaixo do recomendado, se faz o uso suplementar da Vitamina D.

Pacientes vegetarianos e veganos, podem suplementar ferro e vitamina B12 para conseguir os níveis ideais, já que são micronutrientes em que a fonte vem da proteína animal. Ou pacientes bariátricos para repor os nutrientes que o trato gastrointestinal não consegue absorver após a retirada cirúrgica. São vários os exemplos.

Quando se busca eficácia ergogênica representando melhora na performance, a discussão é muito menos flexível. O comitê olímpico internacional é categórico em afirmar que de todos os suplementos esportivos existentes, somente 5 têm evidência científica. É importante frisar que a evidência científica ainda é estabelecida para situações muito específicas, portanto o que é ergogênico para modalidade de força, não é ergogênico para modalidade de performance, e vice versa.

Como é um assunto extenso e complexo, a melhor decisão a se fazer é procurar profissional da saúde para saber se a suplementação está indicada na sua situação específica. É um investimento que faz com que você tenha certeza de que não estará desperdiçando dinheiro em suplementos que não funcionam ou não estão indicados.

Dr. João Lombardi é médico do exercício e do esporte pela Unifesp, Pós em fisiologia do exercício e metabolismo pela USP de Ribeirão Preto, mestrando pela UFMT, médico do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, médico assistente do Comitê Paralímpico Brasileiro e diretor do Instituto Lombardi, em Cuiabá (MT).



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