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Opinião
Segunda - 22 de Abril de 2024 às 00:43
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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O filme “O Silêncio dos Inocentes” narra a procura por um monstro (um indivíduo tão violento que chega a arrancar a pele de suas vítimas) pela pessoa encarregada de investigar o caso e encontrar o facínora. Então, ela recorre a um psicopata que já estava preso, Hannibal Lecter, a procura de meios para deter quem estava buscando.

Aqui nas terras tupiniquins temos agora algo semelhante em andamento, se não de conteúdo certamente no objetivo, ou seja, de encontrar meios para deter quem está causando tanto mal ao país. Afinal, temos entre nós alguém que está tirando a paz de pessoas inocentes, só lhe faltando mandar arrancar-lhes as peles, porque de resto já infringiu desgastes físicos e psicológicos equivalentes às suas vítimas.

Para que pudesse ser exposta e assim escapasse ao controle midiático nacional e internacional, a trama em questão foi então apresentada a todos graças à intervenção de um personagem externo ao cenário político mundial.

Sim, foi dentre os meios de comunicação via internet, que veio a público a forçação de barra que está acontecendo entre nós para a implantação dessa aberração política chamada por seus executores de “democracia relativa”.


Um inconteste mimetismo ideológico utilizado para ludibriar os menos informados. Na verdade, um regime de governo de coalizão entre os poderes executivo e judiciário, que aos poucos, sob os olhares beneplácitos e coniventes do legislativo, vem sendo ministrado homeopaticamente ao povo brasileiro.

As agressões à Constituição do país; às leis ordinárias, complementares e extraordinárias; às instâncias públicas (primeira, segunda e superiores); aos poderes constituídos (Legislativo, o próprio Executivo e o próprio Judiciário); às organizações profissionais e classistas (conselhos federais, confederações, federações, associações, sindicatos, cooperativas, etc.); bem como aos cidadãos comuns – casos específicos de livre arbítrio, da liberdade de expressão e de manifestação – estão, aos poucos, tomando corpo e alcance desastrosos à medida em que nada foi feito para impedi-lo até agora.

Assim, desinformada de tudo, esteve a população brasileira vez que submetida a um implacável processo seletivo de notícias. Coisa do sistema montado para subverter as informações dando-lhes sentidos e formas alteradas, a depender do que, sobre quem e quanto seja interessante aos poderosos senhores das narrativas.

Coisa bem demonstrada pelo atual mandatário do país na tentativa de implantar sua democracia relativa. Afinal, é a isso que se refere todas as vezes em que constrói narrativas a respeitos de ditaduras relativas, personalidades relativas, fatos e atos relativizados, mas principalmente à liberdade relativa, que está a acontecer por aqui.

É quando nos deparamos com as informações dissimuladas replicadas nas narrativas transmitidas pela maior parte da mídia tradicional, que a dúvida em questão, aquela mencionada no título deste artigo, cai sobre nós.

O que teria acontecido para que permaneçam em silêncio sobre quase tudo o que está acontecendo conosco até agora?

Será porque concordam com a esquerda e defendem a censura como forma de impor seu pensamento político-ideológico e ditatorial ou serão libelos de ocasião?

Até que mostrem o contrário, seu silêncio não terá nadica de nada de inocente.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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