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Destreza que Pega Mal
O traçado urbano depende da ordem. Esta carece bastante dos sinais e regras do trânsito. Contexto em que os semáforos são imprescindíveis. Pois as cores de suas luzes – ora verde, ora amarela ou vermelha – transmitem comunicação aos transeuntes, pilotos de bicicletas e motos e aos motoristas. Comunicação, entretanto, nem sempre levada a sério. Inclusive por quem se dizem responsáveis pela segurança das pessoas. Aliás, no último domingo, logo pela manhã, o motorista de uma viatura policial mostrou como não se deve comportar no trânsito, a saber: saiu de traz de quatro veículos – parados em razão do sinal fechado -, no sentido de quem vinha do Coxipó para o Porto, “cortou” o pátio do posto de gasolina, atravessou de roldão a outra rua, sem dar a mínima para quem por ali passava, e, após ocupar o trecho da calçada de uma drogaria, alcançou a dita avenida. Bem à frente dos veículos que, antes, se encontravam à sua dianteira.
Destreza perigosa. Desnecessária. Pois aquele local, e em nenhum outro ponto do desenho citadino da Capital, não é apropriado para pistas de corrida. Nem mesmo por um agente policial. Este, assim como todos os funcionários públicos, deve dar o exemplo. Ser um fiel e escudeiro das regras e das normas. Exigências muito presentes em outros lugares. Sobretudo na Europa, onde as faixas de pedestres são respeitadas por quem quer que seja. Independentemente do veículo, do ser ou não possante, pilotado por gente grã-fina ou pobre, civil ou policial. É este, na verdade, o espelho. Não fura o sinal, nem passa batido pelas placas de sinalização. Sempre atento as suas responsabilidades no trânsito. Até mesmo para cobrar as dos outros. Aliás, ninguém pode corrigir as de outrem sem que ele mesmo, seja um fiel cumpridor das suas próprias.
Bastante diferente, portanto, daqui. Mais ainda na capital mato-grossense, onde as calçadas são destinadas a estacionamento, quando não se transformam em extensão de bares, lojas e restaurantes. O pobre do pedestre, para se locomover, tem que fazer malabarismo para passar entre cadeiras, automóveis e mercadorias.
Situação complicada. Mais ainda quando se percebe que tal situação favorece a indisciplina, e esta faz crescer a violência. Trânsito violento “vende” a pior imagem da cidade para os visitantes.
Além disso, vale acrescentar, em lugar algum, pode se visualizar o mapa da cidade. Os únicos existentes – localizados à frente dos camelôs, no Porto – foram recentemente retirados. Talvez pelas próprias mãos que os havia fixados ali. Mãos que não são as da prefeitura. Esta desconhece a importância de um mapa, de uma placa indicativa de determinados lugares. Isso fica evidente quando se percebe a ausência dos itinerários e das linhas nos pontos de ônibus. O que deixa na mão até mesmo os moradores do lugar, e faz tornar pior a estadia dos visitantes.
Quadro vexatório. Tal como foi a pericia daquele policial – aplaudida pelos seus colegas que se encontravam dentro da viatura. Os únicos gestos de reprovação vieram das ruas. Mas tais gestos, equivocadamente, foram ignorados. Ignorados, quando deveriam servir de “advertência”, uma vez que o profissional também é avaliado pelos seus atos. E o policial não é um agente que passa despercebido pela população.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escreve neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Destreza perigosa. Desnecessária. Pois aquele local, e em nenhum outro ponto do desenho citadino da Capital, não é apropriado para pistas de corrida. Nem mesmo por um agente policial. Este, assim como todos os funcionários públicos, deve dar o exemplo. Ser um fiel e escudeiro das regras e das normas. Exigências muito presentes em outros lugares. Sobretudo na Europa, onde as faixas de pedestres são respeitadas por quem quer que seja. Independentemente do veículo, do ser ou não possante, pilotado por gente grã-fina ou pobre, civil ou policial. É este, na verdade, o espelho. Não fura o sinal, nem passa batido pelas placas de sinalização. Sempre atento as suas responsabilidades no trânsito. Até mesmo para cobrar as dos outros. Aliás, ninguém pode corrigir as de outrem sem que ele mesmo, seja um fiel cumpridor das suas próprias.
Bastante diferente, portanto, daqui. Mais ainda na capital mato-grossense, onde as calçadas são destinadas a estacionamento, quando não se transformam em extensão de bares, lojas e restaurantes. O pobre do pedestre, para se locomover, tem que fazer malabarismo para passar entre cadeiras, automóveis e mercadorias.
Situação complicada. Mais ainda quando se percebe que tal situação favorece a indisciplina, e esta faz crescer a violência. Trânsito violento “vende” a pior imagem da cidade para os visitantes.
Além disso, vale acrescentar, em lugar algum, pode se visualizar o mapa da cidade. Os únicos existentes – localizados à frente dos camelôs, no Porto – foram recentemente retirados. Talvez pelas próprias mãos que os havia fixados ali. Mãos que não são as da prefeitura. Esta desconhece a importância de um mapa, de uma placa indicativa de determinados lugares. Isso fica evidente quando se percebe a ausência dos itinerários e das linhas nos pontos de ônibus. O que deixa na mão até mesmo os moradores do lugar, e faz tornar pior a estadia dos visitantes.
Quadro vexatório. Tal como foi a pericia daquele policial – aplaudida pelos seus colegas que se encontravam dentro da viatura. Os únicos gestos de reprovação vieram das ruas. Mas tais gestos, equivocadamente, foram ignorados. Ignorados, quando deveriam servir de “advertência”, uma vez que o profissional também é avaliado pelos seus atos. E o policial não é um agente que passa despercebido pela população.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escreve neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/artigo/611/visualizar/
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