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Opinião
Sábado - 13 de Julho de 2024 às 00:23
Por: Alfredo da Mota Menezes

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A eleição para prefeito na capital está esquentando. Na mídia social está um tiroteio entre candidaturas. Decisões judiciais aparecem, buscadas por candidatos, contra adversários nesse pleito. Buscam coisas sobre cada um para o bombardeio ao adversário pela mídia social. Nova arma em campanhas eleitorais, principalmente nos momentos anteriores ao horário eleitoral.

Um entrevero recente chamou a atenção. Foi o que ocorreu entre os candidatos Lúdio Cabral e Eduardo Botelho. Lúdio queria emplacar o preço da tarifa do BRT, por um determinado tempo, em um real. Botelho vendo algo no ar, como presidente da ALMT, não deu prosseguimento à proposta do candidato do Brasil da Esperança.

Imaginemos que a tarifa fosse congelada em um real. Na eleição isso voltaria de forma positiva para o Lúdio. Seria um dos motes da eleição. Outros vendo isso, levados também por outros motivos, puxaram o flap e a coisa não andou. Quase que saíram no tapa. Na eleição a coisa vai ferver não somente entre os dois. É só aguardar.

Tem novidades em candidaturas também para esse pleito. Carlos Avalone do PSDB desistiu da disputa. Deve ter feito pesquisas para consumo interno e chegou à conclusão que era melhor deixar o palco nesse momento.


Outra novidade foi o lançamento de Domingos Kenedy do MDB como candidato. Até esse momento só se falava nos nomes do Ludio Cabral, Abílio Brunini e Eduardo Botelho.

Fatos sugerem que apareceu um azarão no meio da jornada. É empresário conhecido e que não tem nenhum lance político ou eleitoral anterior que possa ser levantado contra ele numa eleição. Nas outras candidaturas, em maior ou menor grau, se pode jogar algum balde de maldade para atrapalhar o candidato. Só se no meio do tiroteio que vem por ai arrumarem coisas para pendurar na cacunda do candidato do MDB. Vamos ver como vai ser.

Um dado chamou a atenção nas conversas politicas com o surgir da candidatura do Kenedy do MDB. Janaína Riva é do MDB e já deixou claro que não vai apoiar a candidatura do seu partido e sim o Botelho do União Brasil.

A politica partidária no Brasil é estranha mesmo. Se o partido tem candidato seus membros, principalmente os mais graduados, devem seguir aquele roteiro. Não é assim e fica por isso mesmo. Carlos Bezerra, dono maior do MDB no estado, não abriu a boca sobre esse assunto.

Na época das duras disputas entre UDN e PSD era impossível alguém de um partido ir apoiar outro do outro partido. Seria crucificado politicamente para sempre. Hoje isso é normal. Fazer o que num país que tem 33 partidos registrados. Não se tem mais firmeza ideológica ou partidária. Coisas do Brasil real e do momento.

Será que numa eleição com quatro candidaturas em condições de levar o pleito, o tamanho do horário gratuito na propaganda eleitoral poderia ser um diferencial para ajudar na eleição de alguém? Quem tiver mais apoios e siglas para somar no horário gratuito leva vantagem ou não muda muita coisa?

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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