Erros gramaticais O perfeccionismo azucrina a minha vida desde sempre
Fico ‘danado da vida’ quando cometo erros gramaticais grosseiros, apesar de todo o meu cuidado e atenção para com a língua pátria.
É o ‘perfeccionismo’ que ‘azucrina’ a minha vida desde sempre.
Conversando com um colega escritor com vários livros impressos, ele me relatou um fato interessante.
Antes de encaminhar o seu trabalho para impressão na editora, lê e relê várias vezes o que escreveu.
Ficou tranquilo ao saber que a editora tem excelentes revisores para não deixar passar algum ‘deslize gramatical’.
Ficou tranquilo ao saber que a editora tem excelentes revisores
O livro foi impresso, e só então ele descobriu que seu nome estava escrito errado com mais um ‘gratuito sobrenome’.
Preocupado, perguntei ao amigo, o que fez com essa mudança de nome.
Afundado na poltrona da sala de visita sorridente me respondeu: nada!
De lambuja me deu a seguinte sugestão: ‘deixe isso pra lá, para não se aborrecer’.
Como diz o meu excelente professor de português: ‘errinhos pequenos, deixa passar’, pois eles serão percebidos por poucos.
Acho difícil escrever sem um ‘escorregãozinho’ gramatical, pois a língua portuguesa é muito complexa.
Estudo diariamente, presto atenção no que escrevo e reviso o revisado para encaminhar ao editor.
Ao contrário do meu colega que é escritor, ‘me aborreço’ quando, editada a crônica, percebo uma ‘vírgula mal colocada’.
Quantos desistem do exercício da ‘profissão de médico’, pelo fato da ‘medicina não ser uma ciência exata’.
Por mais qualificado que seja o profissional, está sujeito as surpresas desafiadoras que poderão levar ao insucesso do procedimento.
Mesmo em outras profissões o equívoco poderá redundar em fracasso total.
E o que dizer da ‘probabilidade de insucessos que a vida nos apronta’?
Daí a ‘razão da vida ser um risco’.
Meu colega tem toda a razão em não se aborrecer com os pequenos erros gramaticais, que passam despercebidos para a maioria dos leitores.
Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT
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