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Opinião
Sexta - 01 de Novembro de 2024 às 00:37
Por: Giovana Fortunato

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O câncer de mama é uma das doenças mais prevalentes entre as mulheres em todo o mundo. A preocupação com sua prevenção e tratamento é constante, levando em consideração os diversos fatores de risco associados a essa condição. Além da genética e do histórico familiar, a alimentação desempenha um papel significativo no desenvolvimento e na progressão do câncer de mama.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. O que significa dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença. E o câncer de mama também entra nessa conta!

O INCA ainda reforça que as frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Além disso, o Instituto ressalta que esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.

Outro aspecto importante da alimentação com a prevenção do câncer de mama tem a ver com a manutenção do peso. Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular, a apoptose reduzida, a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.

Portanto, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem grande potencial de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se for aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores.

Os riscos dos ultraprocessados:

Alimentos como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!

Segundo o INCA, essa é uma categoria de alimentos ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. Para agravar ainda mais a situação, eles são altamente saborosos e viciantes, o que aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.

Reforçando a importância da adoção de hábitos para a prevenção do câncer, estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, diminuiu em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduziu 60% a mortalidade por essa doença. Sendo assim, podemos encarar essa mudança de vida como uma prevenção primária.

Por fim, embora as pesquisas sobre a relação entre a alimentação e o câncer de mama estejam em andamento, as escolhas alimentares desempenham um papel importante na prevenção e no controle dessa doença. Uma dieta equilibrada, rica em fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis, combinada com a manutenção de um peso saudável e a moderação no consumo de álcool, pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama.

É fundamental que as mulheres adotem hábitos de vida saudáveis e busquem orientação médica regularmente para garantir a detecção precoce e o tratamento adequado, se necessário. A prevenção e o cuidado com a saúde são essenciais na luta contra o câncer de mama, uma das doenças que mais afeta as mulheres em todo o mundo.

Dra. Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HUJM e especialista em endometriose e infertilidade no Instituto Eladium, em Cuiabá (MT).



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