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Opinião
Sexta - 06 de Maio de 2011 às 06:54
Por: Petrônio Souza Gonçalves

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A história dos Estados Unidos da América nos últimos séculos é a história da farsa. A maior democracia do mundo faz fora o que não é capaz de fazer dentro, em seu território, contra seu povo. Inventam inimigos para ganhar eleições. Financiam e empossam ditadores para escravizar povos e confiscar suas riquezas naturais. Assim é, assim foi, em anos e anos de domínio e desprezo por povos menos desenvolvidos. Até bem pouco tempo, fez da América Latina sua latrina, legando a nós a submissão e as atrocidades de sanguinárias ditaduras que vitimaram, sobretudo, o desenvolvimento de um sentimento de nação, de povo, de Estado.


Depois de engordarem e adestrarem Saddan Hussein, em sua eterna luta pelo domínio do Oriente Médio e de seu petróleo, elegeram-no inimigo, viabilizando mais uma eleição para o presidente de olhos miúdos George W. Bush. Tudo, com uma farsa inventada pelos EUA e aprovada pelo servilismo do mundo inteiro, das maiores potências mundiais.  Era o início do martírio e do inferno para o pobre povo do Iraque, que com a ajuda das maiores democracia do planeta, viu seus dias de paz mutilados, contando com uma cumplicidade e complacência planetária. Uma escandalosa vergonha mundial!

Depois desse episódio, que decepou o sentido de liberdade no Planeta, instaurou-se um lamentável sentimento de constrangimento no mundo. Ainda assim, alguns anos depois, o presidente dos EUA, um negro com nome árabe, viaja o mundo falando em liberdade, em democracia, na autodeterminação dos povos. No Brasil, com desenvoltura de um esgrimista, defendeu isso em todos os canais de comunicação, quando, no outro dia, invadia e matava líbios, tendo a participação de aviões não tripulados. Os EUA são isso, um país que faz guerras enviando aviões não tripulados. Onde tem gente, lançam bombas, sem considerar os que estão ao redor de seus alvos.

O êxito das ações de Osama Bin Laden e sua rede de terror só foi possível pelo seu treinamento especial recebido nas trincheiras nebulosas da CIA. Os EUA investiram no dedicado discípulo para bombardear, instabilizar e dominar o mundo árabe. Suas fotos ao lado do líder mundial Bush pai estão aí, publicadas mundo afora. E os EUA mentindo e matando, matando e mentindo.

Um, faz o terrorismos de Estado, aprovado e aplaudido por aqueles que defendem a liberdade e a democracia. Um terrorismo oficializado, sem rosto, eufemizado. Outro, faz o terrorismo escancarado, das ruas, do rosto exposto e divulgado mundo afora. A grande diferença entre eles é que são iguais, que matam e mutilam povos, que escravizam corações e mentes, aterrorizam a Humanidade.

Se buscarmos nas páginas da memória, encontramos as mais belas lições da História escritas pela luta da independência dos EUA, coisa que orgulha a Humanidade até os dias de hoje. No entanto, o país que ousou lutar e conquistar a liberdade, com seu exército de homens e ideais, hoje é apenas um fantasma, uma sombra, um vulto, que assombra e atormenta o mundo inteiro.

Petrônio Souza Gonçalves é jornalista e escritor.



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