Movimento conservador O movimento mostrou ao mundo que esse sentimento estava apenas adormecido
Não escrevo este texto como um questionamento sobre o momento que estamos vivendo. Em vez disso, farei um desabafo. Faço isso porque qualquer pergunta, neste momento, ensejaria a abertura de uma acalorada discussão que, por mais saudável e pertinente que fosse, não atenderia ao meu objetivo, que é o fortalecimento do movimento conservador que renasceu alguns anos antes das eleições de 2018. O movimento mostrou ao mundo que esse sentimento estava apenas adormecido, latente, mas que reviveu, foi ressuscitado naquele ano, continua firme e cada vez mais forte entre nós.
O que recebemos deles em troca de nossos votos foram “cachos de banana”
Sim, porque naquela ocasião não tivemos uma eleição, mas uma reação ao que vinha ocorrendo no país, ano após ano, com os governos de esquerda, os tais progressistas, em sua sanha por eternização no poder.
Todos nós sabemos o que aconteceu de lá para cá graças à falta de coesão e ação política da direita remanescente, situação que ficou letárgica por 30 anos, desde a promulgação da Constituição de 1988, a tal constituição cidadã (será ainda?), abafada pela falta de lideranças políticas realmente conservadoras e pela covardia de políticos que, enganosamente, se apresentavam como sendo de direita. O que recebemos deles em troca de nossos votos foram “cachos de banana”.
Ao contrário do porquê e para que foram eleitos, vimos somente a busca pela realização de seus interesses pessoais, barganhas sinistras e benefícios escusos. Mas foi ainda pior, porque vimos nossas aspirações serem colocadas de lado, em detrimento das máximas razões que determinam os objetivos conservadores, quais sejam: a família, a moral, os bons costumes, a educação como ferramenta fundamental ao desenvolvimento da cidadania, a segurança como instrumento de proteção e, principalmente, a liberdade de ir e vir, de pensamento, expressão e credo serem desconsideradas.
Peço a todos que, porventura, lerem este texto, que se lembrem do que nos foi ensinado sobre integridade e honestidade; sobre ser brasileiro em essência e conteúdo, posto que a essência é nossa natureza básica e conteúdo é o que preenche nossa determinação em reagir com perseverança contra o mal.
Peço que vejam no desconforto estampado em cada rosto que encontramos, no tom das vozes que ouvimos clamar por justiça, no abatimento e no desânimo exposto em cada pronunciamento que se refere à catástrofe que está por vir caso continuemos entregues ao desmando, à sede de vingança e ao globalismo inconsequente, este último um movimento político cuja pretensão é desestabilizar as soberanias nacionais para implantar um dirigismo único no mundo.
Não, minha gente, não há entre nós quem não tenha vivido essa mesma sensação de frustração ao se dar conta de que nosso país, nossa nação, nossa pátria, aos poucos, está deixando de existir vez que submetida ao descaso pela exacerbação progressista do governo assumidamente comunista que aí está, bancado e sustentado por “terceiros poderosos”, e que enche o peito para bradar aos quatro cantos que tomou o poder.
Para terminar, gostaria de propor a continuidade do esforço conjunto levado adiante até agora aos trancos e barrancos, chicanado e censurado, no sentido de manter acesa a chama que reacendeu em 2018, para que as sementes plantadas naquela ocasião permaneçam vivas e que as raízes por elas fincadas continuem a ser nutridas pelo adubo do bom senso e da resiliência de maneira que a árvore da esperança se torne cada vez mais forte e frondosa; que frutifique e produza novas sementes para continuar a multiplicar-se eternamente; e que essas germinem convenientemente protegidas para que reproduzam e deem bons frutos.
Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.
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