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Opinião
Segunda - 19 de Novembro de 2012 às 08:18
Por: Elias Vanin

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Senhoras e senhores advogados, é com muita tristeza que me coloco a redigir este artigo, pois pertenço a uma classe que prega democracia, mas não é democrática, que prega ética mas não é ética, que prega a moralidade e eleições limpas, mas não faz o dever de casa.

Explico, a diretoria da OAB/MT, que tem seu vice-presidente como candidato à presidência, escolheu a comissão eleitoral, até aí, tudo correto, ou pelo menos tudo legal. O que preocupa, é que inicialmente foram escolhidos “amiguinhos”, certamente para fazer tudo o que lhes interessasse, como assim foi feito.

Após a impugnação, diante da escancarada parcialidade dos membros, alguns três de cinco foram substituídos. Somente por esse ato, verifica-se a parcialidade da comissão eleitoral, mas seguindo, novamente a diretoria elegeu outros membros para tal ofício, e com a mesma parcialidade de outrora, haja vista os procedimentos adotados até hoje pela comissão.

Uma clara demonstração de que a parcialidade se faz presente na comissão eleitoral, é o fato da demora no julgamento das impugnações das candidaturas, onde sabemos que um candidato, cuja chapa encontra-se com inúmeras irregularidades, não é definitivamente julgado. Mas, isso se explica, caso existam três chapas, uma de situação, e duas de oposição, se forem mantidas as duas de oposição, esta tira voto da outra chapa de oposição, e muito interessa a situação.

Para piorar, no dia 16 de novembro de 2012, o candidato da chapa opositora que está enfrentando problemas para registrar sua chapa, recorreu a quem para lhe ajudar? Respondo, ao grande líder da situação, Dr. Francisco Anis Faiad.

Ora nobres colegas e sociedade, é muito triste saber que o pessoal da situação (atual diretoria) “topa qualquer parada” para não “largar o osso”, é triste saber que quem comanda a instituição da OAB/MT é uma “turma da pesada” que não admite de forma alguma perder a eleição, que faz qualquer “negócio” para continuar no poder, até mesmo “bancar” um terceiro candidato se isso for conveniente para não correr o risco de perder a eleição.

Devem mesmo ser muito boas as licitações e demais benefícios de estar no comando da OAB, pois se sujeitar a isso, é não ter escrúpulos nenhum, é como se diz, “vender a alma para o capeta”.

E certamente a comissão eleitoral manterá a candidatura da chapa 03, pelo menos até a confecção das cédulas, para assim, confundir os advogados e eleitores no dia da votação. Com isso, muitas pessoas que são da oposição, depositarão seu voto na chapa 03, o que levará tais votos à nulidade, beneficiando única e exclusivamente a situação.

Lamentável tal situação, mas estou escrevendo este artigo antes da eleição, para que depois não digam que não era previsível o que a parcial comissão eleitoral iria fazer. Ainda para finalizar, as denúncias de uso da máquina pela chapa 01, serão julgadas como insubsistentes, e lhes digo qual será a argumentação, “que cada subseção é independente da sede da seccional”. Uma pena para a classe e para a sociedade. Uma indignação para quem é ético e honesto. Não é uma pena para a atual diretoria da OAB/MT que está quase toda investigada por suposta fraude em licitações.

Portanto, para os que como eu estão indignados, e não concordam com a atual forma de querer o PODER a qualquer custo, a hora de mudar chegou, pois A OAB é MUITO MAIS.

Elias Vanin é advogado em Mato Grosso



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