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Opinião
Sexta - 28 de Janeiro de 2011 às 18:26
Por: André Vilela

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As previsões para a área de Tecnologia da Informação apontam para maior produtividade das inúmeras ferramentas existentes. Porém, o foco está em fazer com que os colaboradores das empresas sejam mais produtivos e não somente itens das diversas atividades dentro das organizações. Trata-se de um olhar mais voltado ao uso prático e tangível desse conjunto de conhecimentos criado para resolver problemas e facilitar a busca de soluções no dia-a-dia.

Nessa direção, será visível a influência da chamada “consumerização de TI” — que significa como os equipamentos pessoais e as redes sociais, utilizadas pela sociedade de modo geral, ganham espaço nas empresas. Os dispositivos móveis, como smarthphones, GPS e tablets, além dos computadores pessoais, tendem a ganhar funcionalidades corporativas, permitindo o usuário final acessar mais recursos das organizações através desses equipamentos.

Do lado das redes sociais, elas serão definitivamente incorporadas como ferramenta de produtividade. Além de favorecer o envolvimento com os clientes, elas prometem ser adotadas pelas empresas como instrumento interno de gestão do conhecimento e da informação útil para os colaboradores. Essa tendência fará com que as organizações modernizem o acesso do usuário pelos dispositivos móveis e, ainda, ofereçam suporte de uso.

Obviamente, a segurança virtual ganhará ainda mais importância. Nesse item, a propósito, é bem provável que as empresas trabalhem para integrar mais seus sistemas físicos e digitais em painéis de controle únicos. Isso permitirá que se monitore melhor as ameaças à segurança em toda a organização em meio ao crescente avanço do uso da tecnologia de forma personalizada.

Ainda com relação às previsões para 2011, dessa vez voltada aos ambientes de missão crítica dentro das empresas, o cloud computing (computação em nuvem: compartilhamento de recursos de processamento e armazenamento produzindo redução de custo, melhoria da disponibilidade e resposta rápida a demanda de negócios), que em 2010 foi amplamente introduzido nas empresas, continuará crescendo, inclusive com sua utilização de forma mais intensa e segura, com destaque às nuvens privadas, que permite maior controle do sistema. 

Já as chamadas tecnologias de smart computing (conceito que une diversas tecnologias com o objetivo de tornar mais ágil a análise de dados e reconhecimento de erros no uso das mesmas), avançarão, nesse caso com o total interesse das empresas na eliminação de custos com manutenção de hardware e software. O seu desenvolvimento será considerado prioritário para otimização de recursos e oferecimento dos níveis de serviço esperados pelos negócios.

Por fim, os appliances (dispositivos prontos para uso que reúnem todo o hardware e o software necessários para realizar tarefas especializadas, tais como gestão de banco de dados, segurança, comércio eletrônico, correio de voz, pacotes de software de ERP etc.) substituirão softwares de infraestrutura e pacotes de aplicativos, que davam enorme trabalho para serem implementados isoladamente.

Previsões tecnológicas são sempre conjeturas baseadas em observações vistas dentro das empresas e seus ambientes de TI. Às vezes, elas mudam de rumo. No entanto, as previsões de 2011 têm um elemento forte para se acreditar que serão bastante factíveis: boa parte das demandas tem origem do usuário final e não de quem comanda os negócios.    


*André Vilela
é diretor de soluções de tecnologia, consultoria e soluções da Unisys Brasil.



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