Conversa espiritual
Nada combinado. O papo com uma amiga evangélica – Testemunha de Jeová – aconteceu de forma espontânea e natural. Minha amiga foi ela mesma do começo ao fim da conversa. Fiquei impressionado! Durante alguns minutos bebi a sua fé.
Não sou ateu. Minha formação é católica e tenho limitações para entender o mundo espiritual.
Minha amiga me encantou com a sua fé, conduzindo-me a um mundo para mim totalmente desconhecido.
Acredita, por exemplo, que as pessoas afastadas do pecado não morrerão nunca e viverão felizes para sempre ao lado do Pai. Que não há necessidade do sangue célula para manter a vida humana. Esta parte eu não entendi muito bem, mas o que vale é a fé.
Afirma que tudo está na Bíblia Sagrada. O problema é que nem todos a lêem ou não fazem corretamente as interpretações daquilo que leram.
Ao terminar a nossa conversa senti uma pontinha de inveja daquela senhora tão bem nutrida espiritualmente.
No catecismo aprendi que a fé remove montanhas e o bem sempre vence o mal.
A crença religiosa talvez não necessite de sangue para nutrir a vida, mas sem fé a vida é inviável.
Antes tarde do que nunca. Aos 7.5 deixei de temer aquela maldição de que tanto falava Estevão de Mendonça: “Morre para sempre quem morre em Cuiabá.” Morre da morte morrida e da morte do esquecimento.
A fé daquela senhora me levou à reflexão: quer dizer que, se eu não pecar, poderei viver para sempre? É um caso a se estudar. Não que eu queira ser imortal. Sei que isto é impossível aqui na Terra. Mas acho que irei me esforçar para novos pecados não mais cometer e rogar clemência pelos já cometidos. Quem sabe assim eu consiga encontrar mais rapidamente os que partiram antes de mim.
Para ser feliz só preciso ter fé!
Gabriel Novis Neves
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