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Opinião
Domingo - 22 de Agosto de 2010 às 23:37
Por: Lourembergue Alves

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Foi divulgada mais uma pesquisa de intenção de votos para o governo estadual. Desta feita a do Gazeta Dados. Há muito esperada. Certamente pelos seus acertos. O que alimenta toda a discussão. Discussão que agora é reabastecida pelos números registrados, os quais mantêm o peemedebista à frente do tucano, do empresário-socialista e do representante do PSOL. Não são esses os índices, entretanto, que chamam mais a atenção. Mas, isto sim, o dos indecisos e o da rejeição. 

Nesse sentido, cabe a reflexão sobre eles. Principalmente quando se percebe que ambos têm um peso significativo no pensar a respeito do jogo político-eleitoral, assim como igualmente podem mudar a direção das movimentações das “pedras” no grande tabuleiro de xadrez. 

No mínimo, carecem trocar os discursos. Sobretudo o empresário-socialista e o peessedebista. Bem mais o tucano que, tão logo, foi guindado à prefeitura de Cuiabá, em 2004, se destacava como nome forte ao governo do Estado. Porém, seus erros se sobrepuseram aos acertos. Ainda assim, conseguiu reeleger-se. Não em razão da água que foi obrigado a tomar, motivado pela provocação em um dos debates. Mas porque não teve, à época, um adversário a altura.

Mal passou o calor dessa disputa, sua administração voltou a ser alvo de críticas. Alimentadas por uma série de crises. Gerada principalmente pela ausência de comunicação com a população. Daí todo o desgaste sofrido. Apesar disso, e pessimamente assessorado, não recuou da intenção de disputar o governo do Estado, quando o bom senso o recomendava ficar até o fim do segundo mandato, com o fim de mudar toda a situação que lhe era adversa.

Explica-se, portanto, o seu alto índice de rejeição. Índices captados por todos os institutos de pesquisas. Pelo Gazeta Dados, por exemplo, aparece como o mais rejeitados pelos eleitores, com 19%. O que dificulta, sobremaneira, a sua recuperação. A não ser que surja um fato novo. Bem maior do que a notícia dos maquinários. Capaz de mexer com as atuais posições dos concorrentes. Pois também é alto o número de indecisos. Isso põe em alerta tanto o candidato a reeleição, uma vez que a sua dianteira não é lá grande coisa, como também a do socialista, o qual peca em demasia pela falta de discurso e de proposta.

Justifica-se, então, a sua dubiedade. Pois ora o empresário-socialista se pega a elogiar, ora passa a apontar os defeitos da gestão do republicano-peemedebista.

O jogo ainda não terminou. Restam três debates e várias rodadas do horário político-eleitoral. Tempo suficiente para que os candidatos possam melhorar seus desempenhos.

Aliás, cabe aqui repetir, o empresário-socialista e o ex-prefeito cuiabano carecem melhorar significativamente. Pois, em uma disputa a majoritária, não basta jogar pedras na então administração. É preciso que eles apresentem programas e planejamento de ações necessárias para vencer as necessidades. O que até agora não fizeram. Fortalecendo, assim, a posição privilegiada do peemedebista.      


Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.


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