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Opinião
Sábado - 17 de Janeiro de 2015 às 09:34
Por: João Edsom

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O Brasil é conhecido pelas tantas injustiças que comete junto aos seus filhos; má distribuição de renda, a falta de educação de qualidade ou ausência total dela, saúde precária, falta de saneamento básico, corrupção, a frouxidão na aplicabilidade das leis e até mesmo pelas leis excessivamente flexíveis.

Mas nada revolta mais a sociedade do que saber que pessoas que cometem crimes fiquem pouco, ou quase nada, na cadeia.

Tirando a questão da superlotação dos presídios, na realidade, presidiário no Brasil tem tantos privilégios que prisioneiro mesmo é quem é cidadão honesto.

Está tudo errado; deveríamos ter presídios sem superlotação com presidiários sem privilégios de visita íntima, celulares, amizade com agentes públicos e até os mal sucedidos indultos, que colocam nas ruas gente para praticar crimes.

Lendo os noticiários deste final de ano encontramos de tudo: assassinatos, assaltos à mão armada, furtos e coisas mais, praticadas por estes “premiados com um final de ano em liberdade”. Aonde vamos parar é a pergunta que a sociedade faz. A sociedade civilizada está prisioneira do estado incompetente e pagando altos impostos para ter a segurança que não tem.

No país dos códigos (defesa da mulher, da criança, das cotas raciais, dos consumidores, do desarmamento e etc.), na verdade, só falta um que deixe o cidadão de bem viver em segurança e paz pelo menos dentro de sua residência, já que as ruas estão tomadas pelos meliantes. "Está tudo errado; deveríamos ter presídios sem superlotação com presidiários sem privilégios de visita íntima, celulares, amizade com agentes públicos e até os mal sucedidos indultos, que colocam nas ruas gente para praticar crimes."

O país dos presidentes blindados, dos partidos quadrilheiros, dos escândalos da Petrobras, dos mensaleiros, dos sanguessugas, dos coxinhas e dos petralhas, poderiam pelo menos deixar quem trabalha honestamente em segurança e paz.

Eu quero um indulto para não ser roubado nem pelos governos, nem pelos bandidos do tráfico, nem pelos das ruas, nem pelos trombadinhas. Eu quero um indulto para que meu filho tenha educação de qualidade, para minha família ter saúde de verdade, para que nossos caminhos tenham estradas minimamente trafegáveis.

Eu quero indulto para colocar na cadeia presidente que mente para ganhar eleição, colocar na cadeia opositor invensionista, internauta invasor e difamador, agente publico que não honra com o cargo. Quero indulto para poder andar sem medo de ser morto, assaltado ou roubado no país.

Quero um indulto para parar de ter vergonha do tipo de “esperto” que todos os dias encontro nas ruas, tentando levar vantagem sobre os direitos dos outros, sobre o sagrado dinheiro suado dos outros.

Quero um indulto para me livrar dos eleitores de cabresto, dos que vendem voto e dos inocentes de plantão que acreditam em todas as mentiras contadas pelos diversos marketings políticos.

Eu também quero receber visitas íntimas da honestidade pública e um indulto para viver em paz no meu próprio país.



Autor

João Edsom

JOÃO EDISOM é professor universitário e cientista político

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