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Opinião
Quarta - 21 de Janeiro de 2015 às 08:00
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Tem uma conversa em Cuiabá que não desaparece. Sempre tem alguém escarafunchando esse assunto.

É sobre a habilidade que teve Blairo Maggi em usar pessoas e o momento para se fazer politicamente.

A coluna já trabalhou com esse tema antes, é retomado porque se tem novos personagens envolvidos nele.

Já é comum aceitar que a bronca do Riva contra o Eraí seria para cutucar o Blairo.

Que o Riva e outros se sentiram usados, aprovando tudo de interesse do governo Maggi e do grupo empresarial e na hora do vamos ver ele não aceitou ser candidato e nem trabalhou pelos candidatos do grupo.

Antes já houvera algo parecido também. Blairo saiu candidato ao governo em 2002 com amplo apoio, principalmente de lideranças de Cuiabá. "Quem se beneficiou do momento do Maggi no governo? Jaime Campos que se elegeu senador. Wellington Fagundes e Pedro Henry que se elegeram também e o Percival lá em Rondonópolis. "

Juntam-se ao redor de sua candidatura, Jaime e Júlio Campos, Jonas, França e tantos outros como Gabriel Novis, Louremberg, Sucena, Palma, Percival de Rondonópolis e Henry de Cáceres.

Naquele momento, a bronca de todos era contra o que eles chamavam de arrogância do PSDB.

Um lado, Blairo, usava o outro e este usava o Blairo para tentar tirar o PSDB do governo. Conseguiram.

Para empurrar o PSDB mais para baixo se inventou a caixa preta. E o grupo ali de cima ressoava o assunto por todo o estado.

Ou seja, o Blairo os usou para atrapalhar a vida política do Dante e do PSDB. É preciso dizer que a caixa preta foi desmentida pelo próprio Blairo Maggi num almoço, depois da morte do Dante, com a mãe e o irmão do Dante.

No primeiro mandato, o Blairo foi companheiro dos que o apoiaram. O exemplo é Iraci França na vice dele e a distribuição de algumas secretarias.

Para agradar a região reformou alguns prédios e igrejas históricas e construiu o estádio Aecim Tocantins. Isso agradou até o Senadinho, usado para propagandear o feito.

Ninguém percebera que para Cuiabá e Várzea Grande só foi feito aquilo. O que mais?

Já no segundo mandato, depois de machucar o PSDB e da morte do Dante, Blairo vai empurrar para fora do circulo do poder o grupo que o apoiara antes.

Este grupo pensava que o estava usando, era o inverso.

Foi em Várzea Grande apoiar o Murilo contra o Júlio Campos para pegar a família que domina politicamente o lugar. Afastou de cargos e funções um monte de gente daqui.

Tem deles hoje, sentindo que foram usados, vociferando o diabo contra o Maggi.

Quem se beneficiou do momento do Maggi no governo? Jaime Campos que se elegeu senador. Wellington Fagundes e Pedro Henry que se elegeram também e o Percival lá em Rondonópolis.

Os outros todos ficaram chupando dedo, inclusive o Pagot que era do mesmo grupo e hoje anda resmungando por aí.



Autor

Alfredo da Mota Menezes

ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista político

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