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Opinião
Quinta - 23 de Dezembro de 2021 às 07:17
Por: Renato Gomes Nery

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Aqui vamos nós rumo a comemorar mais um natal de um ano de imensos transtornos e incontáveis dificuldades. E o País afunda a olhos vistos no desemprego, nas ruas, nas minguadas bolsas e carrinhos dos supermercados, lojas e shopping centers.

A recessão se avizinha! É a penúria de uma nação dotada de incomparáveis recursos naturais e que avança novamente, em macha batida, rumo a perversa inflação, as taxas de juros pornográficas e preços estratosféricos.

Tudo isto parecia enterrado, no passado, mas aparece novamente insepulto, como uma alma penada a nos assombrar.

Até a esperança que era nossa fiel companheira, aparenta ter cansado de nós, pois insistimos no nosso esporte predileto: andar para trás e em más companhias.


Deus, o todo poderoso, deve estar imensamente cansado de nós, pois não nos emendamos. Apesar de tudo que nos foi dado – principalmente uma natureza prodigiosa – continuamos a procurar um rumo que se avista no horizonte, mas que nos recusamos a enxerga-lo, pois como um avestruz assustado ou com medo, escondemos a cabeça num buraco no chão.

Não fomos vítimas de catástrofes como Hiroshima, Nagasaki e Mururoa, como afirma John Lennon, no título da canção que encima este artigo, mas de nós mesmos, pois permanecemos incapazes de resolver os mesmos os corriqueiros e cruéis problemas, uma vez que continuamos pendurados num abismo, a espera de uma mágica salvação que não veio e não virá, pois recusamos a encontra-la em premissas razoáveis e na racionalidade.

Preferimos acreditar na existência de “fogos fátuos”, “bois tatás”, “currupiras”, “mulas sem cabeça”, “lobisomens”, no nosso ator predileto: “o encantador de serpentes” e tantas outras crendices e assombrações que nos impedem da caí na real.

Bem como, em promessas e soluções mágicas, fácies ou periféricas e a negar que dois mais dois sempre vai ser quatro e que seis menos três sempre vai ser três. Enquanto isto, tanta gente chafurda na barriga da miséria, à mingua de trabalho, cuidados e alimentos básicos para sobrevivência, não tendo uma vida e um natal digno e, sobretudo, cristão. Este não é País que queremos e merecemos!

Mas é natal, uma festa cristão. Portanto, não é hora de lamentações ou recriminações, de procurar culpados e nem de caçar bruxas. Vamos aguardar que este penoso e complicado ano não continue no ano que se avizinha.

Então é Natal, e o que você fez?

O ano termina e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então bom Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal.......

Renato Gomes Nery é advogado.



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