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Opinião
Sexta - 01 de Abril de 2022 às 06:52
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Pois é, estamos nos aproximando do momento em que definiremos nosso futuro a partir do ano que vem, e será importante prestar muita atenção no que nos oferecem os corretores do amanhã.

Se por um lado temos obras que desde o início de suas execuções apresentaram vícios de construção, daí os problemas com seus prazos, qualidade e durabilidade terem aparecido tão logo entregues, o que dizer então das que sequer foram concluídas.

E o que são esses tais vícios de construção ou construtivos?

De acordo com a ABNT NBR 13752 vícios construtivos são:

“Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de falha no projeto, ou da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção. ”

Ou seja, podem ser entendidos como “erros” ou “problemas” nas edificações, sejam esses problemas de desempenho, falha de projeto, execução ou alguma informação errada repassada pelo responsável da obra.

Os vícios construtivos se dividem em dois tipos específicos e de fácil entendimento, esses são:

1. Vícios aparentes

São aqueles de fácil visualização, no qual até um leigo pode identificar os erros. Exemplos: Vidros quebrados, pintura malfeita, dimensões diferentes da do projeto, etc.

2. Vícios ocultos

São aqueles de difícil visualização, em geral esses vícios são identificados após algum tempo de uso do imóvel. Exemplos: Infiltrações, problemas de tubulações, problemas elétricos e etc. https://neoipsum.com.br/vicios-construtivos/

Então, sem necessidade de ir adiante sobre outros detalhes técnicos a respeito dos vícios de construção porque as informações acima são mais que suficientes para o fim a que se destinam, vamos em frente.

Diz o ditado popular que “O FUTURO A DEUS PERTENCE”, o que não significa deixarmos de ficar atentos às questões sobre as quais temos o direito e o dever de decidir, como essa que agora se apresenta e que definirá o caminho que vamos seguir daqui para a frente.

Sendo objetivo, a decisão que tomaremos em outubro de 2022 implicará diretamente na vida de todos nós, sem distinção. Agora mesmo, os corretores do amanhã estão nos mostrando os dossiês dos diversos candidatos ao cobiçado cargo de construtor de nosso futuro, para que decidamos sobre onde e como vamos viver a partir do ano que vem.

Para ajudar na análise sobre os construtores em questão, segue uma Lista de Checagem para verificação do que já disseram e fizeram os candidatos, sob a ótica dos argumentos em que se baseia este texto, a ser aplicada individualmente:

1) Os programas, obras e ações previstos anteriormente pelo construtor foram concluídos?;

2) Seus cronogramas físico-financeiros de execução foram cumpridos?;

3) Seus executores eram empresas e/ou profissionais tecnicamente habilitados?;

4) Os materiais usados foram os especificados nos respectivos Memoriais Descritivos?;

5) Os orçamentos foram suficientes para suas conclusões ou foram aditivados dentro do limite de 25%, conforme §1º, do art. 65, da Lei 8.666/93?;

6) Os programas, obras e ações agora propostos são coerentes com o que o país precisa e você espera?

Vejam que são seis questões simples e diretas. Elas não precisam ser motivo de pesquisas profundas sobre seus temas, até porque são perceptíveis a qualquer um, em qualquer lugar e a qualquer momento, basta olhar ao redor. No caso, o que importa mesmo é a percepção de que essa analogia deve ser feita e aplicada em tudo nos três níveis de governança pública, inclusive nas diversas áreas de atuação dos três poderes constituídos.

O que os corretores do amanhã estão nos apresentando para as próximas eleições são as versões ou propostas de vida que teremos a partir do final de 2022. Nessas propostas estão subliminarmente inclusos o que vai acontecer com nosso patrimônio, moradia, saúde, educação, segurança e, acima de tudo, nossa liberdade.

Pense bem, considere o que já vivemos no passado, o que estamos presenciando no presente e o que precisamos para amanhã. Confie em seus sentidos, não nos argumentos dos outros, pois o voto é seu, mas o futuro é nosso.

Somos brasileiros, um País política e geograficamente definido e habitado por uma população solidária; uma Nação diferente, amalgamada por diversos grupos étnicos e religiosos; um Povo que fala o mesmo idioma, tem os mesmos costumes e está sujeito às mesmas leis.

Essa é a razão de nossa luta por um Brasil forte, unido e livre.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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