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Opinião
Sábado - 12 de Novembro de 2022 às 10:01
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Essas palavras escritas sobre papai por Márcio, o mais velho de nós, têm significado especial para quem o conheceu e me inspiraram a falar sobre sua importância.

Assim como acontece com todos é certo que ao longo de nossa existência vamos nos deparando com situações que bem traduzem a relevância da vida ser como ela é, como bem disse Nelson Rodrigues.

As canas dobradas pelo vento acima citadas representam aqueles que se submetem às pressões exógenas durante nossa passagem pelos estágios de aprimoramento espiritual e bem demonstram a pessoa que ele não foi e o que é para seus descendentes, mesmo depois de seu passamento.

Nessa sua última estada por aqui nunca dobrou seus joelhos em submissão às pressões a que sucumbem os fracos de espírito, muito menos às benesses que os corrompem.

Como bem disse o mano Márcio, Seo Porto, Seo José Afonso, Cazuza, papai foi um homem digno e surpreendentemente forte em sua longeva simplicidade.

Suas atitudes sempre foram ensinamentos sobre como não trocar a honra pelo bem material. De acordo com ele, quem assim o faz vive fora dos parâmetros morais sendo cúmplice ou mesmo conivente com quem lesa o que não é seu ou pior, o patrimônio público.

Dizia ele, que mesmo tratando todos de maneira igual deveríamos estar preparados para sermos percebidos de forma diferente.

De fato, é assim que acontece na maioria das vezes em que, estando em ambientes onde nos relacionamos social e profissionalmente, ser comum ouvirmos de quem menos se espera palavras que mesmo tendo pouca valia machucam mais que agressões físicas.


O que faz lembrar passagem antigas e até mesmo atuais do dia a dia na política, principalmente nessa época de eleições onde a assunção de cargos invariavelmente acontece em troca de favores e com esquemas obscuros.

Basta olhar a rapidez com que essa gente desprezível se porta ao sabor das mudanças do vento, tal qual acontece nos fenômenos climáticos “El Niño” e “La Niña” que caracterizam, respectivamente, o aquecimento e o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, sempre causando alterações danosas no Continente Sul-americano, principalmente ao Brasil.

Pois é, papai nunca se dobrou e nos ensinou a agir assim quando enfrentamos aquele tipo de vento.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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