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Opinião
Quarta - 08 de Fevereiro de 2023 às 06:56
Por: Francisney Liberato

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No universo de estudos para concurso público, existem algumas pessoas com perfis perfeccionistas, que acabam por querer dominar todo o conteúdo das disciplinas. Nós sabemos que isso é quase impossível de ser concretizado.

Isso é um erro muito comum, que deve ser evitado, pois jamais teremos conhecimento de todos os assuntos em profundidade. Por mais que se esforce e estude bastante, ainda assim é pouco para ter a plena capacidade de dominar todas as disciplinas.

Creio que devemos renunciar a essa ânsia e necessidade de ser perfeito em tudo, pois o concurseiro que age dessa maneira encontra sérios problemas e dificuldades para superar as suas falhas e as não aprovações, gerando estresse, raiva, descontrole, nervosismo exagerado. Isso requer muito treino e uma busca incessante de tranquilidade, já que ninguém sabe de tudo.

Estudar em casa, na biblioteca ou em outro lugar, com tranquilidade e tempo de sobra, é uma realidade bem diferente do momento da realização de uma prova. Estudar é um treino constante e crescente e a pressão intelectual e emocional entre ambos é discrepante.


Por isso, no meio futebolístico, existe um adágio que diz: “treino é treino, jogo é jogo”. Pois treinar é mais tranquilo; já jogar é bem diferente, pois envolve pressão e cobrança de resultados.

No futebol ainda se diz: “o jogador está sem ritmo de jogo”, ou seja, o atleta não está sincronizado, não está no mesmo ritmo dos demais jogadores, assim, não basta treinar, é necessário jogar.

Ao buscar a aprovação em concursos públicos, não basta apenas ficar no treino, isto é, nos estudos. Deve-se jogar, fazer provas reais, para ganhar ritmo de jogo, similar aos enunciados dos bordões de futebol anteriormente citados.

Treinar é muito importante. Você deve estudar o máximo que puder, todavia, não deixe de fazer provas, para que você possa ganhar experiência, estratégia e ritmo.

Alguns concurseiros podem pensar que fazendo apenas simulados não precisarão fazer provas. Ledo engano: apesar de ser extremamente importante e essencial o simulado, ele não lhe retira da zona de conforto; e não lhe permite se acostumar com as imprevisibilidades. Ao fazer uma prova real, você treinará também todas as circunstâncias que porventura forem desfavoráveis e se adaptará a elas, sem contar que tornará o ambiente de provas uma coisa real, algo natural, eliminando as pressões sabotadoras.

Vamos imaginar que você esteja estudando para um concurso da área de fiscal: mesmo não estando preparado para o próximo certame, você deve fazer a prova para aprender a jogar e ganhar ritmo de jogo. E se a prova for de outra área, como, por exemplo, uma prova de analista administrativo, não há problemas, é melhor jogar, isto é, fazer a prova.

Mesmo que, por óbvio, você não consiga ser aprovado no certame, já que para tal não estava preparado ou era de outra área, o mais importante nesse aspecto é a busca da experiência de jogo. Por saber disso antecipadamente, é claro que você pode preparar a sua mente e a sua emoção para não ficar triste pelo provável não alcance de notas satisfatórias.

Treino é treino, jogo é jogo. Ganhe experiência, prática, ritmo de provas, uma vez que isso lhe ajudará a obter excelentes ganhos na carreira de concurseiro. Aparecendo oportunidades de provas, não hesite em fazer os testes.

Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas.



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