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Opinião
Quinta - 09 de Fevereiro de 2023 às 06:42
Por: André Crepaldi

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Apesar da difusão de informações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), ainda há muita dúvida sobre a sua ligação com o câncer.

Para entender melhor, é preciso esclarecer que as IST´s são infecções que podem ser transmitidas por vírus, bactérias ou microrganismos, sendo o principal meio de contágio, o contato sexual oral, vaginal ou anal.

Entre as IST 's relacionados ao câncer, estão incluídos o HPV, HIV, herpes genital, e as hepatites dos tipos B e C. Os cânceres mais comuns decorrentes de uma infecção sexualmente transmissível são os de colo de útero, cabeça e pescoço, bem como os localizados na região genital; anal e pênis.

Agora, se formos pontuar o vírus mais frequente, aquele que é capaz de causar câncer diretamente, este é o Papilomavírus Humano (HPV), responsável por cerca de 70% de todos os cânceres cervicais do mundo, particularmente os subtipos 12 e 18 . Já no Brasil, os canceres atribuídos por infecções chegam a representar 11,1% dos casos. E


m suma, a propagação por relações sexuais desprotegidas podem causar inúmeras consequências, como o Epstein-Barr, vírus conhecido como “doença do beijo” e cuja principal forma de transmissão se dá pela saliva e troca de objetos. Alguns cuidados básicos são necessários, como utilizar camisinha na relação sexual e manter as vacinas em dia.

Para o HPV, a vacinação é feita para jovens de 9 anos a 14 anos de idade, em ambos os sexos. Essa faixa etária, no entanto, pode ser ampliada em casos de pessoas que tenham imunossupressão. Com relação aos casos infectados pelo vírus HIV, o tratamento e controle da doença reduz o risco de câncer relacionado a imunossupressão.

André Crepaldi é médico oncológico no Hospital de Câncer de Mato Grosso.



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