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Opinião
Segunda - 20 de Março de 2023 às 06:57
Por: Licio Antonio Malheiros

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No Brasil, é assustador o número de mulheres assassinadas diariamente. Apenas no primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio, com uma média de 108 mortes por mês.

Em nosso país, 1 mulher é vítima de feminicídio a cada 7 horas; isto significa dizer que, ao menos 3 mulheres morrem por dia simplesmente por serem mulheres.

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

Em Mato Grosso a coisa se agrava, com aumento estratosférico de 59%, em 2020 de feminicídio; aumento considerável em relação a 2019.


Foram registrados 62 crimes de homicídios com esta qualificadora entre janeiro e dezembro do ano anterior; são dados frios, porém alarmantes e preocupantes.

E mais preocupante ainda, é o fato de o feminicídio se tratar de um crime continuado.

Explico, este crime não acaba com a morte da mulher; o resultado nefasto desse crime vai acabar incidindo sobre os órfãos, que na maioria esmagadora das vezes acabam ficando à deriva.

Os mesmos precisam de alguma forma serem amparados com algum tipo de bolsa para as crianças até os 18 anos, e que estas recebam este auxílio do Estado.

Por isso volto a bater na mesma tecla, com relação a essa questão emblemática e de difícil resolução; referendando, um projeto de lei de autoria da brilhante deputada estadual, Janaina Riva que ‘cria o ‘auxilio Maria da Penha’ em Mato Grosso, este projeto se aproxima bastante à realidade do impacto causado, com o cometimento do feminicídio.

Janaina sugere a destinação de uma verba social visando amparar mulheres em vulnerabilidade social com medida protetiva, que estejam impedidas de voltar para o seu lar por conta do risco de agressão e morte.

Em sua rede social, a mesma foi enfática ao dizer “Um dos maiores obstáculos para uma mulher vítima de violência separada do seu agressor é a dependência financeira dela e dos filhos.

Estou sendo redundante com relação a esse projeto, por se tratar de um projeto que mais se aproxima à questão do feminicídio, principalmente por se tratar de um projeto perfeitamente exequível, e que por certo irá minimizar e acalentar às famílias vítimas desse crime horrendo.

No mês em que se comemora o mês da mulher, somos pegos de surpresa com mais um feminicídio brutal, ocorrido na capital, no bairro Pedra 90.

A senhora Emily Bispo da Cruz, foi covardemente esfaqueada por Antônio Aluízio, ambos de 20 anos; o mesmo, desferiu-lhe pelo menos 10 facadas com requintes de crueldade, e o que é pior, à frente do seu filho uma criança que infelizmente presenciou tudo, isso é de cortar o coração.

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.



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