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Opinião
Sábado - 10 de Junho de 2023 às 07:45
Por: Renato Pedreiro Miguel

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Nos últimos anos, lamentavelmente, temos percebido que uma significativa parcela da população não priorizou o esquema vacinal introduzido pelo Ministério da Saúde.

Doenças antes erradicadas agora ameaçam desde crianças a adultos e comprometem os índices de imunização, sempre motivo de orgulho para o País, referência mundial em cobertura vacinal. Não há outra receita para garantir saúde, integridade física e qualidade de vida senão com a vacinação.

O nosso Programa Nacional de Imunização (PNI) é um dos melhores e mais completos do mundo sendo sempre revisto, por exemplo, a partir da introdução de novas vacinas no calendário oficial, como a bivalente contra a Covid, ou a reinclusão de outras, como as meningocócicas para citar apenas dois exemplos.

A revisão feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mantém a consonância com a conjuntura e suas necessidades vigentes.


Ainda assim o PNI sofre com disseminação de fake news e desinformação sobre os imunizantes.

O resultado é o reaparecimento de casos de doenças como sarampo, rubéola, meningite entre outros.

A Biomedicina tem entre as várias habilitações a Imunologia, que permite ao profissional, por exemplo, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de vacina, além da responsabilidade técnica das salas de vacinação.

A segurança vacinal é inquestionável. Há várias pesquisas e testagens realizadas antes do registro e a autorização final pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O serviço de vacinação é público, gratuito, ou seja, alcança toda a população que queira ou necessite se vacinar, e especialmente aquela parcela mais humilde da sociedade.

Mesmo tendo a campanha de vacinação contra a gripe deste ano chegado ao fim no último dia 31 de maio, os postos seguirão vacinando a população enquanto houver doses das vacinas.

Portanto, não há razões para evitar ou temer a imunização. Ao contrário, temos de resgatar nosso cartão de vacinação, atualizá-lo e, dessa forma, preservar a saúde do nosso povo e salvaguardar a permanência do País em patamares satisfatórios quando se trata de cobertura vacinal.

Importante que os cidadãos de modo geral e, principalmente os pais das crianças que ainda não receberam doses de imunizantes essenciais, se informem em canais confiáveis e seguros com o objetivo de obterem conhecimentos, dados e informações suficientes que desmistifiquem o assunto. Afinal, como já diz o ditado “com saúde não se brinca”.

Renato Pedreiro Miguel é presidente do Conselho Regional de Biomedicina – 3ª Região (CRBM-3).



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