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Opinião
Quinta - 06 de Julho de 2023 às 04:58
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Diferentemente do saudoso Cazuza hoje vivemos momentos de intensa ansiedade só que em outro sentido, outra grandeza, ansiedade esta equivalente ao tamanho do nosso país.

Recentemente, um amigo falou sobre o mau estado psíquico de determinado político, com o que concordo, no entanto, entendo que essa sensação é comum a muitos, talvez à maioria dos brasileiros, mesmo que em intensidades deferentes.

Eu, por exemplo, não nego minha ansiedade, até porque a vejo em muitos dos com quem convivo, nas conversas que participo, nos trocas de mensagens via WhatsApp, Facebook e nos demais meios de comunicação que existem por aí, em especial aqueles que considero responsáveis por grande parte do mal-estar geral existente. Aliás, como a maioria das pessoas que conheço.

Por causa disso, considero que mentiras sinceras não interessam. Mentiras que bem mostram até que ponto a desonra, a imoralidade, a falta de caráter e tantas outras péssimas características existentes nos que apoiaram e ajudaram a tomada do governo na eleição presidencial do ano passado.


Mentiras, tais como:

– É um absurdo aumentar o preço dos combustíveis se somos auto-suficientes;

– Vamos fazer investimento para que a economia volte a funcionar e gerar empregos, quando nos seis meses desse desgoverno os índices oficiais mostram exatamente o contrário;

– Geraldo Alkmin (eleito vice-presidente) foi contra o impeachment de Dilma;

– No Brasil tem 30 milhões de crianças de rua – a gente ia inventando números – , Jaime Lerner que o diga;

– Quem votar nulo não terá direito de reclamar;

– No meu governo o povo vai voltar a comer picanha e tomar uma cervejinha nos finais de semana;

– Nos tiramos 36 milhões de pessoas da miséria absoluta e acabamos com a fome nesse pais, quando de acordo com o IPEA, em 2002, havia 14,2 milhões de pessoas nessas condições;

– Em nossos governos (passados) criamos 22 milhões de empregos com carteiras assinadas. Na verdade foram 15,4 milhões, ou seja, 6,6 milhões de pessoas fizeram parte dessa mentira;

– A Lava Jato causou a perda de 4,4 milhões de empregos;

– O conceito de democracia é relativo;

– Tem mais eleições na Venezuela que no Brasil.

Em suma, mentiras sinceras não deveriam interessar nem ser toleradas por um Congresso Nacional eleito pelo povo exatamente para defendê-lo das eventuais tramoias engendradas contra si por outros poderes da República, muito menos para as forças armadas, considerando que estas ainda se destinam à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem (sic).

Mentiras sinceras não interessam a quem defende o livre-arbítrio, como também não deveriam interessar às instituições que distinguem o bem do mal, são livres e de bons costumes.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.



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