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Opinião
Quinta - 09 de Novembro de 2023 às 03:39
Por: Giovana Fortunato

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Desde sua introdução no Brasil, no início dos anos 2000, o movimento Outubro Rosa vem ganhando adesão da sociedade e é hoje uma das campanhas mais populares da área da saúde. Pacientes, serviços de saúde, empresas e organizações da sociedade civil vêm se engajando na causa do câncer de mama e protagonizando ações de mobilização social sobre a doença.


O câncer de mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo e também no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma.

A detecção precoce do câncer de mama visa a identificar a doença em fase inicial, seja por meio do diagnóstico precoce, estratégia dirigida às mulheres com sinais e sintomas suspeitos da doença, ou do rastreamento mamográfico, exames de rotina em mulheres assintomáticas em faixa etária e periodicidade definidas.

Temos a prevenção primária do câncer de mama que foca em eliminar fatores de risco que causem a doença, se dá através de uma alimentação saudável, prática de atividade física, não fumar, não consumir bebidas em excesso, não usar terapia hormonal com estrogênio e progesterona por mais de cinco anos. Temos também a prevenção secundária, que ocorre através de exames de imagem como a mamografia, vale ressaltar que

O exame não previne o aparecimento do câncer de mama, mas previne que ele seja diagnosticado numa fase mais avançada.

Temos ainda os exames genéticos como, por exemplo, mutações nos genes BRCA1 e 2 que indicam que a mulher tem um alto risco de desenvolver um câncer não só de mama, como de ovário também. Uma vez constatada essa mutação, deve-se conversar com o médico e definir o que fazer. Pode-se simplesmente fazer um acompanhamento mais intensivo ou então partir para abordagens mais radicais como a cirurgia. Vale ressaltar que a avaliação genética é recomendada principalmente para mulheres de famílias com alta incidência de câncer ou então descendentes diretas da pessoa que teve um câncer sem histórico familiar.

Os principais sintomas são nódulos palpáveis que aparecem no exame de imagem ou não, secreção pelo mamilo, dor incomum, retração na pele ou no mamilo, alterações nos exames de imagem.

O autoexame deve ser realizado uma vez ao mês. Para as mulheres que estão menstruando, a época ideal seria uma semana após a data da menstruação, para quem não menstrua mais em qualquer data do mês.

A paciente deve examinar a mama inteira com calma, a maneira mais fácil é imaginar a mama como um relógio e começar ao meio dia e palpando a parte superior até o mamilo, seguindo uma hora, duas horas e assim por diante em ambas as mamas. Qualquer alteração que ela sinta: nodulação, depressão, área mais endurecida na mama ou secreção pelo mamilo é recomendado procurar um serviço de saúde para uma orientação profissional.

Homens também podem ter câncer de mama, mas isso é raro (apenas 1% dos casos). Os sinais de alerta envolvem: tumorações mamárias; presença
de gânglios axilares alterados; mudanças no formato das mamas, como edemas, aumento de tamanho ou retração e mudança no formato dos mamilos.

Dra. Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HUJM e especialista em endometriose e infertilidade no Instituto Eladium



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