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Opinião
Terça - 05 de Março de 2024 às 00:00
Por: Evandro Soares

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Antes de falarmos objetivamente sobre a gestão de pessoas na UFMT nos últimos 8 anos, e aqui queremos destacar os técnicos-administrativos como uma de nossas prioridades, importante fazer a seguinte contextualização:

A gestão de pessoas no contexto universitário, particularmente em grandes instituições, abrange uma complexidade operacional e estratégica notável. Para ilustrar a magnitude desse desafio, consideremos o panorama na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde a gestão de pessoas engloba a administração de mais de 97 processos mapeados, a conformidade com mais de 500 legislações, decretos, normativas e orientações de órgãos de controle, além da tramitação anual de mais de 40 mil processos em suas unidades. Administrar mais de 3.800 trabalhadores e gerenciar um dos maiores orçamentos do centro-oeste, que se aproxima de 900 milhões de reais anuais apenas para a folha de pagamento, ressalta o peso da responsabilidade e a complexidade da tarefa.

Agora, vamos aos fatos:

Demos um salto ao criarmos a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, um avanço nunca visto nos últimos 50 anos e que veio ao encontro de uma luta dos servidores.

Apesar das dificuldades impostas pelo contexto econômico e pela limitação de recursos, houve avanços significativos e um diálogo constante em diversos fóruns. Iniciativas como a oferta de programas de mestrado para técnicos, capacitações focadas em desenvolvimento, liderança, saúde e qualidade de vida demonstram o compromisso da universidade com a melhoria contínua. Essas ações refletem um investimento substancial em recursos humanos e infraestrutura:

- Investimento em programas de mestrado ultrapassando 1,5 milhão;
- Aquisição de equipamentos de segurança por quase 300 mil;
- Capacitação da equipe para revisão de laudos médicos e visitas aos campi, totalizando quase 30 mil;
- Ações de capacitação aproximando-se de 400 mil;
- Recarga de extintores de incêndio, com investimentos na ordem de 300 mil.

Sob a nossa gestão, a UFMT alcançou marcos notáveis entre os anos de 2021 a 2023, destinando recursos sem precedentes para iniciativas voltadas aos trabalhadores da universidade. Esses esforços não só evidenciam um comprometimento com a inclusão e a acessibilidade, mas também com a valorização e o bem-estar dos servidores. Ainda que haja espaço para melhorias e expansões nessas áreas, os avanços realizados até o momento são testemunhos do que é possível alcançar, mesmo diante de restrições orçamentárias.

A UFMT serve, portanto, como um exemplo de como as instituições de ensino superior podem e devem priorizar a gestão de pessoas, especialmente em aspectos tão vitais quanto a inclusão e a acessibilidade, garantindo um ambiente de trabalho e de aprendizado mais acolhedor e eficiente para todos.

É possível fazer mais? Sim, adiante é possível avançar muito mais.

Evandro Soares é reitor da UFMT.



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