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Opinião
Sábado - 23 de Março de 2024 às 00:30
Por: Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis

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Por não ter sintomas, muitas pessoas não sabem que não possuem apenas um rim.

E pasmem, uma em cada 1000-1300 pessoas nasce só com um rim, o que se chama “agenesia renal unilateral”.

Em crianças que possuem apenas um rim único funcionante (RSF) estão propensas a desenvolver proteinúria, hipertensão arterial sistêmica, glomeruloesclerose e doença renal crônica (DRC). Além disso, elas podem precisar passar por diálise até os 30 anos de idade.

Existem casos de crianças que nascem com os dois rins, mas por história de trauma abdominal ou tumor do trato genito urinário, acabam sendo submetidas a nefrectomia (remoção cirúrgica de parte do rim).

Outro caso são o rim com malformação grave e que não funciona corretamente como ocorre por exemplo na displasia renal multicística.

Quem tem somente um rim em funcionamento seja por qual for o motivo, não pode ignorar que os cuidados devem ser redobrados quanto ao controle de comorbidades, cuidados com a dieta, prática de exercícios físicos e ingestão de líquidos.

No caso de doadores de rim, o risco de desenvolver doença renal por passar a ter só um rim é de 0,05%.

No geral, é seguro viver com um único rim, na maior parte das vezes. Portanto, se você conhece alguma criança portadora de rim único, o acompanhamento com o nefrologista é muito importante.

Tudo sobre rim será discutido de 1 a 4 de maio do XX Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica que acontecerá em Cuiabá.

Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é médica Nefropediatra no Hospital Santa Rosa e professora na UNIVAG- CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327.



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