Artigos Opinião
Barrados, Porém Não Mais
Frustrante! Decepcionante! São palavras-chaves do discurso contra o mais recente resultado da votação no Supremo Tribunal Federal. Discurso que se apresenta com toda vestimenta popular. Ainda que, contraditoriamente, tenha sido todo construído em reduto de uma ou duas entidades profissionais. O que subtrai o caráter que lhe querem dar. Pois, definitivamente, ele, o discurso, não provém do povo. Tal constatação, entretanto, não esconde a belíssima participação dos mais variados segmentos da sociedade na feitura da “Lei de Ficha Limpa”, e isso a torna uma lei de iniciativa popular.
Os doutores e o emprego público
Depois de chamados a bater ponto na entrada e na saída de suas jornadas de trabalho (de 4 horas ao dia), boa parte dos médicos do sistema público de Mirassol, no interior paulista, se demitiu, provocando uma crise de atendimento à população. O comportamento leva a muitas indagações e reflexões. A primeira é de que se, sem o ponto, os profissionais cumpriam efetivamente suas jornadas. Também é de se perguntar se não seria o caso de criar legislação específica e restritiva para o desligamento voluntário de profissionais públicos que atuam e áreas essenciais.
Discussão na saúde pública de Mato Grosso não pode se restringir ao modelo de gestão de hospitais
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Mato Grosso tem estudado e debatido a proposta de gestão em parceria com Organizações Sociais, apresentada pelo Secretário de Estado de Saúde, Dr. Pedro Henry, não como espectador, mas como autor co-responsável pelo SUS em Mato Grosso, visto ser as 141 secretarias municipais de saúde que o COSEMS/MT defende e representa quem efetivamente, reponde por 90% da atenção á saúde publica no Estado e por isso são os principais envolvidos nesse processo de mudança. Os gestores municipais de saúde têm lutado em prol da melhoria da saúde da população desse Estado desde a existência do SUS, para isso contam com militantes, técnicos, controle social e servidores da saúde.
Não adianta chorar pelo leite derramado
Como já diz Michael Pollan, em seu livro Dilema do Onívoro, comer é algo muito complicado para os humanos nos dias de hoje. Um dia, a ciência descobre que algo faz mal pra saúde, para depois a associação de produtores daquele produto fazer lobby no governo para promover o consumo do mesmo. Você descobre uma intolerância alimentar, para depois ficar sabendo que não é necessariamente o alimento que te faz mal, mas a forma como é processado.
Inovar é viver
O que faz algumas empresas se tornarem ícones em seus segmentos e atravessarem décadas mantendo-se modernas e cada vez mais competitivas, enquanto outras sequer sobrevivem? A resposta para esta pergunta pode ser resumida em uma só palavra: inovação.
Todo dia é dia da água
Vivemos a “Semana da Água”. A população é bombardeada com informações que apontam para um futuro sombrio em relação à disponibilidade do líquido hoje mal utilizado. É preocupante o quadro demonstrado pela ANA (Agência Nacional de Águas), que aponta problemas de abastecimento em mais de 3 mil dos municípios brasileiros e a necessidade de investimentos da ordem de R$ 22,2 bilhões para recompor mananciais e sistemas de produção e distribuição. É igualmente grave saber que, mesmo com todos os alertas de escassez e finitude do líquido, há um desperdídio da ordem de 25 a 30% de água tratada causado por vazamentos e outros problemas na rede distribuidora. Pouco adiantarão os alertas para a população economizar água se os governos e as companhias de saneamento, quase todas estatais, não fizerem a sua parte.
Mistério e Mortes
“O último cabalista de Lisboa”. Romance de estréia de Richard Zimler. Este se vê dividido entre a sala de aula de jornalismo e a arte de escrever, cuja tarefa já lhe rendeu diverso prêmios literários. Também, pudera, são oito livros. Trabalhos que o fizeram conhecido além dos limites territoriais da cidade do Porto, extrapolando o próprio país em que se encontra atualmente radicado, e popular tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, onde nascera em 1956 (Nova York).
A saúde pública se tornou refém dos médicos
A Constituição Federal garante no artigo 6° que "são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados". Tal norma, apesar de ser clara e parecer de aplicação eficaz, não acontece.
“Moreno Escuro”
“Sou negro, ainda que me queiras moreno”, escreveu o poeta João Negrão, que nas horas vagas é nosso colega de imprensa. Adotei sua sentença desde que a conheci, há algumas décadas. Declaro-me negro. Assumo-me negro. Gosto-me negro. Mas, isso, convenhamos, é uma opção minha. Muitos negros - mais escuros ou mais claros que eu - preferem ser chamados de morenos. Já outros nem gostam de discutir sua melanina. Preferem ser chamados pelo nome ou outro apelido que não tenha qualquer conotação com raça. Opção deles. (Há quem discuta se isso é alienação ou coisa que o valha. Não discuto isso mais).
Trabalho escravo e religiosidade
A América Latina coleciona casos de precarização, exploração e escravização do trabalho.
Leia mais...