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Politica MT
Sexta - 28 de Janeiro de 2011 às 09:30
Por: Romilson Dourado

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O ex-deputado e ex-vice-prefeito da Capital Luiz Soares decidiu entrar na disputa à presidência do diretório estadual do PSDB. Sua inserção no debate deve preocupar o ex-prefeito de Sinop Nilson Leitão, que perdeu para federal, e Guilherme Maluf, reeleito para o segundo mandato na Assembleia. Mesmo esfacelado, o partido vive clima de racha. Soares tem linha ideológica diferenciada e posições duras sobre a condução da legenda tucana, que, enquanto comandava o Estado com Dante de Oliveira (1995/2002), era a maior sigla, com até 55 prefeitos. Hoje, o tucanato conduz somente 4 prefeituras em Mato Grosso. Perdeu espaço na Câmara Federal e no Senado e na AL só tem Maluf.

A eleição para renovação da Executiva Estadual acontece em 17 de abril. Antes, em 20 de março, o partido realiza as convenções municipais. No Estado, são cerca de 27 mil filiados. Dos congressos municipais saem os delegados, que vão escolher o novo presidente para mandato de dois anos. A deputada Thelma de Oliveira, que não conseguiu se reeleger à Câmara Federal, assumiu o comando do PSDB, com afastamento do ex-prefeito Wilson Santos, derrotado para governador. Como o mandato vencido em outubro de 2009 foi prorrogado para agosto de 2010 e depois para abril deste ano, Thelma segue na direção partidária.

A nova executiva não terá missão fácil. O PSDB perdeu tantos quadros e espaço em cargos eletivos que se tornou uma agremiação nanica. Leitão se lançou à disputa e demonstrava uma certa empolgação, principalmente em outubro, quando havia entrado na lista de deputados federais eleitos. Com a validade dos votos de Pedro Henry (PP), o tucano perdeu a vaga. Maluf, ex-vereador pelo PFL (hoje DEM) e ex-secretário de Saúde da Capital também está no páreo. Ele quer mais: sonha com a candidatura ao Palácio Alencastro no próximo ano e, por isso, vai investir pesado para conquistar o comando da legenda.

Um dos filiados históricos, Soares disse que fará uma campanha em cima de ideologia e teses pragmáticas. Segundo ele, o partido precisa decidir se, afinal, é oposição ou aliado do governo Silval Barbosa (PMDB) e também se vai ou não apoiar o projeto de reeleição do prefeito cuiabano Chico Galindo (PTB). Ele pontua que, quanto à discussão estadual, o tucanato disputou em 2010 e perdeu na oposição e, portanto, deve seguir nessa linha. "Os votos das urnas nos colocaram no campo da oposição".

Para Soares, é preciso decidir o rumo para todos filiados buscarem a reconstrução partidária. De acordo com o ex-secretário de Saúde de Cuiabá nas gestões Roberto França e Wilson Santos, o debate precisa acontecer já. "É difícil refletir sobre as eleições gerais de 2014 se não tivermos em Cuiabá, onde está o maior colégio eleitoral, um posicionamento político quanto à administração municipal". Soares admite que o PSDB perdeu o rumo e se apequenou após ficar 8 anos no poder.





Fonte: RD News

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