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Domingo - 16 de Janeiro de 2011 às 10:35
Por: Romilson Dourado

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Em mais uma investida para empregar apadrinhados e membros da família no governo estadual, Carlos Bezerra, cacique do PMDB, sugeriu o nome do sobrinho José Luiz Bezerra para a presidência do MT Fomento.

Luiz é aquele que foi preso em abril do ano passado, junto com outras 58 pessoas, na operação Hygeia da Polícia Federal, sob acusação de envolvimento em fraudes na Funasa. Os acusados ficaram presos por alguns dias.

O esquema estava nas licitações. Segundo a polícia, envolvia cinco funcionários do órgão, além de ocupantes de cargos comissionados, o empreiteiro Valdebran Padilha, um dos aloprados que tinha sido preso quando tentava comprar um dossiê anti-tucanos, assessores de Bezerra e servidores de algumas prefeituras. Foram acusados de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação praticados em detrimento de órgãos públicos federais e municpais.

Bezerra aproveitou a brecha com a intenção do governador Silval Barbosa, do seu partido, o PMDB, de trocar toda a diretoria e, primeiro, apresentou o nome do advogado e militante histórico do partido Levi Machado. Este, porém, declinou do convite para comandar uma das cinco sociedades de economia mista da administração estadual - as demais são Empaer, Metamat, MTGás e Sanemat. O dirigente peemedebista defendeu então que o presidente seja o sobrinho José Luiz. Do seu grupo mais próximo, Bezerra já possui a esposa Teté na pasta do Desenvolvimento do Turismo, o velho aliado Nico Baracat na secretaria das Cidades, e o afilhado político Clodoaldo Ferreira no Inmeq.

Insistência e mudança

Apesar da insistência do peemedebista para ter o sobrinho na agência de fomento, dificilmente o nome de José Luiz será aprovado. Seu currículo não é compatível para o cargo. Entre os requisitos exigidos estão ter ao menos 10 anos de experiência no mercado financeiro, não ter mácula cadastral e nem problema nas esferas cível e criminal e nenhum tipo de execução, enfim, nada que desabone a conduta. Para checar se o indicado possui moral ilibada, o Banco Central, que recebe e analisa a indicação, inclusive com poder de veto, coloca o nome da pessoa disponível no site por alguns dias para a sociedade oferecer denúncia, desde que seja acompanhada de provas.

Não basta ser indicado pelo Palácio Paiaguás e respaldado pelo conselho gestor do MT Fomento, que está vinculado à secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia. Precisa ser aprovado pela Procuradoria e pela Diretoria de Normas do BC. Esse processo deve demorar mais de quatro meses. Enquanto o PMDB briga nos bastidores para comandar a agência, seu presidente Arcleidy Dias Pereira segue, na esperança de ser mantido no posto. O Paiaguás, no entanto, deve mesmo mudar a diretoria. O governador declarou, em reunião, que o MT Fomento precisa ser mais atuante e chegar mais à ponta, algo que não acontece hoje com a vontade que o Estado deseja.





Fonte: RD News

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