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Politica MT
Segunda - 03 de Janeiro de 2011 às 09:32
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski
Afonso Dalberto pede socorro ao deputado Wagner Ramos, defensor de sua permanência no comando do Intermat
Afonso Dalberto pede socorro ao deputado Wagner Ramos, defensor de sua permanência no comando do Intermat

Começa agora a briga no governo por cargos de segundo e terceiro escalões. O maior embate surge para a presidência do Instituto de Terras do Estado (Intermat). O presidente Afonso Dalberto se articula de todas as formas para continuar no posto, enquanto o deputado Gilmar Fabris (DEM), derrotado à reeleição e, por enquanto, sem chances de assumir vaga na Assembleia, torce para uma composição política para, assim, ter chances de ser indicado ao cargo. O cacique do PMDB, deputado Carlos Bezerra, entrou na discussão. Ele defende que o Intermat seja conduzido pelo advogado Clovis Figueiredo, ex-superintendente do Incra-MT.

O principal aliado de Afonso na luta pela permanência é o deputado estadual reeleito Wagner Ramos (PR), da região de Tangará da Serra. Há entre os dois uma parceria política, inclusive evidenciada na campanha de 2010. O presidente atendeu a vários pleitos do parlamentar quanto à regularização de terras no Médio-Norte, o que supõe ter resultado em dezenas de votos para Wagner na busca da reeleição.

Afonso entrou na administração sob indicação do seu então padrinho político, ex-senador Jonas Pinheiro (já falecido). Antes tinha comandado a Conab em Mato Grosso. Começou no governo Blairo Maggi, em 2003, no controle do Fundo Estadual de Educação. Depois, foi remanejado à presidência do Intermat e mantido no cargo, mesmo com a renúncia de Maggi, hoje senador eleito, e com a chegada de vez de Silval como governador, em 31 de março deste ano.

Pelas articulações de bastidores, Afonso dificilmente continuará na presidência do Intermat, que conta com orçamento de R$ 15 milhões para este ano é está vinculado à secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar. O Palácio Paiaguás recebeu várias reclamações sobre a gestão no órgão. A maior preocupação é quanto ao acúmulo de denúncias por supostas ingerências.

No início das conversações sobre cargos, Silval havia oferecido o Intermat para Neri Geller (PP), mas este estava focado em outra prioridade, que seria ocupar cargo na Câmara dos Deputados. Como saiu das urnas como segundo suplente, Neri conseguiu o que queria, pois dois colegas titulares do seu partido, sendo eles Pedro Henry e Eliene Lima, assumiram, respectivamente, a Saúde e a Ciência e Tecnologia, abrindo para ele e para Roberto Dorner vagas de deputado. Diante disso, Neri dispensou o Intermat.

Bezerra x Fabris

Carlos Bezerra já avisou que não abre mão do Intermat. Alega que o PMDB tem historicamente afinidade com o setor agrário. Já sugeriu o nome de Clovis, hoje adjunto de Agricultura Familiar. A indicação do ex-superintendente do Incra não agrada ao PMDB por inteiro, porque não se trata de um militante, mas de um cabo eleitoral de Bezerra. Enquanto Afonso "gruda" na cadeira e Bezerra se movimenta para arrancá-lo e emplacar Clovis na vaga, Gilmar Fabris corre por fora. Torce para o DEM assumir logo a condição de governista, ocupar a secretaria de Desenvolvimento Rural e indicá-lo para presidência do Intermat.

Depois de definir e nomear os 23 nomes que integram o primeiro escalão, o governador enfrenta agora a briga de caciques políticos, o lobby de quem já está no cargo pela continuidade, e a barganha dos pequenos partidos da coligação que não foram contemplados ainda. Todos estão na luta por espaço. Querem postos de adjuntos, de diretores, de superintendentes e de gerentes.





Fonte: RD News

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