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Politica MT
Quinta - 30 de Dezembro de 2010 às 06:39
Por: Ana Rosa Fagundes

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Marcos Lopes/DC
O prefeito de Chico Galindo (PTB) só pretende abrir o orçamento da Capital em março
O prefeito de Chico Galindo (PTB) só pretende abrir o orçamento da Capital em março

A prefeitura de Cuiabá vai encerrar o ano com uma dívida de aproximadamente R$ 15 milhões aos fornecedores. O Executivo ficou sem dinheiro depois do bloqueio de R$ 7 milhões determinado pela Justiça para o pagamento de um precatório.

O bloqueio do dinheiro aconteceu em novembro. Embora a história seja antiga. Remonta há quase 20 anos, quando a prefeitura fez a desapropriação do terreno que hoje abriga o bairro Coophamil, mas não pagou a indenização. A família de Clorinda Matos briga na Justiça até hoje para receber o dinheiro. O valor do pagamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça era de R$ 10 milhões, mas R$ 3 milhões já haviam sido repassados pela prefeitura.

Com esse último sequestro do dinheiro da prefeitura, o prefeito Chico Galindo (PTB) escolheu pagar os servidores em detrimento dos fornecedores. “Não é com alegria que eu digo que a prefeitura não pagou os fornecedores”, disse o prefeito.

A previsão de pagamento dos fornecedores, conforme estimativa do prefeito, é para março, quando o Galindo pretende abrir o orçamento do próximo ano.

Este foi o segundo bloqueio da contas da prefeitura só este ano. O primeiro foi em junho, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o bloqueio do dinheiro para o pagamento da dívida, porém a procuradoria da prefeitura recorreu. Agora, cinco meses depois, a defesa da família conseguiu derrubar a liminar da prefeitura, o que gerou novamente o bloqueio do dinheiro.

Esse dinheiro bloqueado ainda não foi repassado aos credores. O juiz da central de precatórios do Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda analisa recurso da prefeitura antes de determinar o repasse. Conforme o prefeito, existem cálculos abusivos. Ele espera que o precatório não ultrapasse R$ 600 mil. O valor inicial da dívida era de R$ 17 milhões, restando ainda uma dívida de R$ 7 milhões.

Galindo argumenta que por muitos anos prefeitos de Cuiabá desrespeitaram os acordos judiciais dos precatórios, seja da ordem de desapropriação de terrenos ou de prestação de serviços. Só na gestão de Wilson Santos (PSDB) foi realizado um acordo com o Tribunal de Justiça em que a prefeitura faz um repasse mensal de R$ 600 mil para esses pagamentos.






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