Zé Domingos também chegou a ser cotado para assumir a pasta durante a gestão do antecessor de Silval, mas na ocasião, acabou indicando seu irmão, Neurilan Fraga (PR), atual prefeito de Nortelândia.
Cotado para assumir cargo no staff, deputado é "carta fora do baralho"

O deputado reeleito José Domingos Fraga (DEM) disse que é carta fora do baralho no jogo que definirá equipe que comandará o Governo a partir do ano que vem. Cotado para assumir a pasta que cuida do setor da Agricultura, ele descarta a hipótese afirmando que não passa de especulação. “Hoje eu não tenho interesse, principalmente se o propósito do governador for demembrar a secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder)”, afirmou o parlamentar.

Apesar de ser contra a divisão da pasta estudada pelo Governo, que pretendia que a Agricultura Familiar ganhasse status de secretaria, ele garante que tem deixado o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) tranquilo para tomar qualquer decisão neste sentido. “Ele é meu colega de longa data, mas não tenho o direito de dar palpites”, disse.

Domingos também chegou a ser cotado para assumir a pasta durante a gestão do antecessor de Silval, o ex-governador Blairo Maggi (PR), mas na ocasião, acabou indicando seu irmão, Neurilan Fraga (PR), atual prefeito de Nortelândia, para ocupar um cargo de segundo escalão na Seder. Agora, num partido de oposição ao do chefe do Executivo, ele ressalta que seria, no máximo, uma escolha de segundo plano, mas prefere descastar a hipótese, lembrando que Silval deve escolher entre nomes dos partidos que integraram a aliança que o elegeu.

Mesmo assim, ele, que é presidente da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária na Assembléia, intercedeu junto ao governador para que a Seder tivesse uma atenção especial em 2011. O acordo garantiu emendas de lideranças partidárias na ordem de R$ 12 milhões para a pasta.

Além de Domingos, outro deputado filiado a um partido de oposição a Silval, Guilherme Maluf (PSDB), também foi cotado para ocupar um cargo de primeiro escalão na equipe do peemedebista. O tucano seria uma indicação consensual do Legislativo para assumir a secretaria de Estado de Saúde (SES).

Com a indicação de qualquer um dos dois, o governador se veria livre de uma dívida de gratidão com o deputado Gilmar Fabris (DEM), que durante a campanha foi o primeiro parlamentar a contraria seu partido e apoiar publicamente o projeto de reeleição de Silval. O democrata, que foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da condenção que cassou seu mandato, perdeu o status de ficha suja e deverá ter seus votos validados, assumindo a condição de primeiro suplente do grupo. A saída, tanto de Maluf quanto de Domingos para o Executivo lhe garantiria uma cadeira na Assembleia.