Pedro Nadaf é o primeiro que sai, mas alegação é deixar Silval à vontade pare escolher auxiliares
Nadaf pede demissão e puxa colegas

O secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Pedro Nadaf, deflagrou processo que levará todos os secretários de Estado, presidentes de órgãos e empresas públicas e ocupantes de cargos comissionados de 2º e 3º escalão, a entregarem suas cartas de demissão para deixar o governador Silval Barbosa (PMDB), que inicia novo mandato em 1º de janeiro, à vontade para promover todas as alterações que se fizerem necessárias dentro do seu modelo próprio de gestão.

A decisão de Pedro Nadaf que entregou pessoalmente ontem sua carta de demissão deixando o governador Silval a cavalheiro para tomar as decisões, criou a necessidade dos demais secretários adotarem a mesma medida que será estendida também para os demais cargos de chefia de todo o Poder Executivo.

O secretário Pedro Nadaf, que no governo Blairo Maggi foi secretário de Turismo, disse que a intenção é claramente deixar o chefe do Executivo a vontade para promover as mudanças necessárias e também para atender a demanda político-partidária já que o próprio governador sinalizou que os partidos aliados serão contemplados em sua administração.

"O cargo é do governador. Eu e os demais secretários, presidentes de empresas e órgãos e chefes somos auxiliares diretos e como se trata de uma nova administração que se iniciará em 1º de janeiro, nada melhor do que deixá-lo a vontade para promover mudanças ou manter os nomes que considerar essenciais. O fato pode ainda permitir que o governador remaneje os atuais auxiliares para áreas diferentes, então possibilidades são muitas", apontou o secretário demonstrando desprendimento.

O pedido de Pedro Nadaf poderá deflagrar os entendimento e as mudanças que o governador está pretendendo fazer, tanto é que ontem em almoço com os deputados estaduais, Silval Barbosa apresentou as alterações que a Reforma Administrativa remeterá a apreciação dos deputados e que dará a exata dimensão do tamanho da máquina administrativa que ele quer para sua gestão que vai de 2011 à 2014.

O governador Silval Barbosa (PMDB) e os partidos aliados, 13 no total, deverão antes das festas natalinas, anunciar o novo secretariado que assume o Governo do Estado a partir de 1º de janeiro de 2011, bem como o staff de todo o Poder Executivo.

Boa parte do atual secretariado vem da administração do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR) que quando deixou o cargo em 31 de março, exonerou a todos os secretários para que o então novo chefe do governo do Estado, Silval Barbosa, seu vice, assumisse com a equipe que lhe conviesse. Como Maggi vinha de um alto índice de aprovação popular e Silval Barbosa tinha um curto mandato de nove meses para ser concluído e seis meses para as eleições na qual disputou a reeleição, a prudência levou o mesmo a não promover mudanças drásticas.

Provavelmente o fato de ter conseguido se reeleger no 1º turno ainda evitará que Silval Barbosa promova profundas mudanças, até porque diversos fatores continuam dando certo para Mato Grosso.

Fora isso, o chefe do Executivo estadual tem compreensão de que só dispõe deste mandato e que se for candidato a outra cargo em 2014, terá que se desincompatibilizar nove meses antes de completar os quatro anos a serem iniciados a partir de 1º de janeiro.