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Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 20:53
Por: Romilson Dourado

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Lenine Martins
Governador Silval Barbosa discute nesta 5ª para grupo de servidores, em visita à secretaria estadual de Saúde
Governador Silval Barbosa discute nesta 5ª para grupo de servidores, em visita à secretaria estadual de Saúde

O governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) deu a primeira demonstração pública nesta quinta (25) de que o seu novo secretário de Saúde, a partir de 1º de janeiro, poderá ser o deputado federal Pedro Henry (PP), médico-anestesista que, mesmo com 81.459 conquistados nas urnas deste ano, não conseguiu garantir vaga na Câmara porque está enquadrado como ficha-suja. Ele luta na Justiça para reverter a situação. Henry acompanhou o governador na visita ao prédio da secretaria de Saúde, no complexo do Centro Político Administrativo, em Cuiabá. Silval conheceu os departamentos e setores, discursou para um grupo de servidores, recebeu cobranças, fez promessas, pediu empenho e cumprimento de metas.

Em alguns momentos da visita, Pedro Henry se distanciou do governador para não constranger o atual secretário Augusto Amaral, com quem Silval se reuniu a sós. Nas fotos postadas no site da secretaria de Comunicação, por exemplo, Henry não aparece. Silval evitou comentar sobre eventual troca de comando da pasta. Disse ter feito questão de conhecer a estrutura da secretaria porque está numa fase de discussão de reestruturação, de incremento e de melhoria no setor. Afirma que ouviu reivindicação dos servidores, como a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a cobrança por concurso público. Adiantou que vai abrir o orçamento da Saúde para poder avançar no que for possível.

Silval estava acompanhado também do secretário-chefe da Casa Civil Eder de Moraes. Ainda na visita à secretaria, o governador ficou sabendo da criação da Câmara Técnica para diminuir as demandas judiciais para aquisição de medicamentos que não constam nas resoluções do Ministério da Saúde e da própria pasta e que exigem um investimento de mais de R$ 40 milhões anuais. Assim, foi possível abrir diálogo com o Judiciário, a Defensoria Pública e o Ministério Público no sentido de agilizar a aquisição ou mesmo a substituição dos medicamentos por outros com o mesmo princípio ativo.

O governador disse que fará visita as outras pastas. Ao todo são 23, a maioria instalada no complexo do CPA. Nem todas as secretarias receberão visita do chefe do Executivo neste final de ano.

O peemedebista reeleito no primeiro turno está disposto a mudar quase todo o secretariado. Continua mantendo sob sigilo nomes que já escolheu para integrar o staff. Somente seis dos atuais devem ser mantidos. Silval só deve fechar a composição no final de dezembro, na véspera da posse para quatro anos de mandato.

Sugestões

No caso da Saúde, Silval recebeu pleito da bancada do PP para escolher Henry como secretário, principalmente se este não conseguir assegurar na Justiça o direito à cadeira na Câmara. O PP ganhou força na administração. Terá como vice-governador o ex-deputado estadual Chico Daltro. Na Assembleia, o partido passará a contar com 5 parlamentares, bancada igual a do PMDB, partido do governador.

Outro nome sugerido para a Saúde, inclusive com respaldo de um grupo de políticos, é do deputado estadual reeleito Guilherme Maluf, embora este pertença a um partido de oposição, o PSDB. Maluf já conduziu a Saúde da Capital por um ano durante a gestão Wilson Santos e uma eventual licença dele da Assembleia para ocupar cargo no Executivo abriria vaga ao suplente Gilmar Fabris, que conseguiu validar seus cerca de 20 mil votos, que até então estavam "congelados" por causa de um processo que acabou por incluí-lo na Lei da Ficha Limpa. Fabris tem feito lobby no Palácio Paiaguás para contemplar Maluf e, assim, continuar com vaga no Legislativo mato-grossense. Ele pertence ao DEM, mas ignorou o candidato da coligação Wilson Santos, vindo a fazer campanha pela reeleição de Silval.





Fonte: RD News

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