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Agronegócios
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 14:11

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Área já preparada para o plantio da cana de açucar como alimento para o rebanho bovino no período da seca.
Área já preparada para o plantio da cana de açucar como alimento para o rebanho bovino no período da seca.

A Prefeitura Municipal de Nortelândia por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico está realizando o plantio de mudas de cana em mais de 50 propriedades dos Assentamentos São Francisco e Raimundo da Rocha (Barreirão), objetivando garantir aos pequenos proprietários rurais matéria prima para a produção de ração para o rebanho bovino.

O município firmou parceria com a Fazenda Camargo que está fornecendo as mudas de cana, e cede técnicos e maquinário para o plantio de forma coordenada.

A cana-de-açúcar destaca-se como uma planta com elevado potencial para transformar energia solar em energia química, representada principalmente pela sacarose. O elevado teor deste nutriente na planta madura (31% da matéria seca), justamente numa época do ano em que as pastagens são escassas e deficientes em proteína e energia, faz da cana uma importante fonte energética para bovinos durante o período seco. Isto é um fato importante em pesquisas realizadas em vários países tropicais aponta a Embrapa.

O instituto afirma que dentre as gramíneas forrageiras, a cana-de-açúcar se destaca por dois aspectos: alta produção de matéria seca (MS) por hectare e capacidade de manutenção do potencial energético durante o período seco. Além disso, o seu replantio se faz necessário apenas a cada quatro ou cinco anos.

A ensilagem do excesso da cana de- açúcar é uma ferramenta que pode ser usada para facilitar o manejo dos talhões, e tratamentos como a hidrólise ou fermentação (sacharina) podem aumentar o seu valor nutricional. O objetivo deste trabalho é apresentar formas de utilização da cana-de-açúcar na alimentação de bovinos durante o período de seca.

O alimento para os bovinos possui algumas vantagens de acordo com a Embrapa, como manutenção do valor nutritivo por períodos longos após a maturação e é bem aceita e consumida pelos animais (cerca de 6% do peso vivo de matéria fresca/dia) e é de relativo baixo custo de produção. A cana é, porém, pobre em proteína bruta (2% a 3% na matéria seca). Por isso, faz-se necessária a incorporação de uma fonte protéica à massa picada, no momento de fornecimento aos animais. O mais comum é a adição de uréia associada a uma fonte de enxofre e, dependendo dos ganhos esperados, de uma fonte de proteína natural.

O Engenheiro Agrônomo Daniel Oliveira Souza Lima, técnico responsável da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Nortelândia, disse que a iniciativa da administração se deve a falta de alimento para o gado no período da seca, que neste ano foi responsável pela morte de dezenas de animais, causando grandes prejuízos aos produtores rurais. “Nosso objetivo é ter capineira de cana depois do período da chuva, mantendo uma reserva estratégica e evitando prejuízos como os sofridos pelos proprietários rurais que tiveram grandes perdas neste ano durante o período da seca. Na verdade estamos nos precavendo e nos preparando para evitar transtornos” disse.

O engenheiro informou ainda que o projeto é uma parceria da Coopermisae prefeitura,  e conta com apoio do Grupo Camargo, que está fornecendo as mudas a custo zero. A prefeitura entra com o transporte até a propriedade, bem como auxilia no plantio da cana.





Fonte: ASCOM

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