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Sexta - 23 de Agosto de 2013 às 16:21

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A direção municipal do PSD, sigla do presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, emitiu nota de repúdio aos secretários da capital, que "vêm agredindo, gratuitamente, a pessoa do presidente da câmara", diz a nota. O embate ocorre após requerimento para instalação de cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), a do Maquinário que irá investigar o prefeito, e três outras que devem investigar a conduta do presidente da Casa de Leis, sobre possível fraude em projeto de lei encaminhado à prefeitura, e também investigação durante a sua gestão na Secretaria de Habitação, durante mandato dos ex-prefeitos Wilson Santos (PSDB), e Chico Galindo (PTB).


 
O PSD, na figura do presidente municipal da sigla, Wilson Teixeira Dentinho, saiu em defesa de João Emanuel, após declarações de secretários do prefeito à imprensa, de que o vereador estaria utilizando a CPI como forma de chantagem, para aumentar o duodécimo repassado para a câmara. A nota prossegue atribuindo aos secretários a manobra de tirar o prefeito do centro das discussões com o Legislativo.


 
Além disto, a nota do PSD, implicitamente, faz ataques ao secretário de Comunicação, Kleber Lima, que afirmou em entrevista que a conduta de João Emanuel era como a de um "menino mimado". Após contra-atacar, o PSD emenda o discurso na nota, e destaca que "para o bem da própria democracia, os debates e discussões, sejam por quais motivos forem, devem ser travados por meio do diálogo entre as partes envolvidos e não pelos meios de comunicação, e muito menos, fomentados por assessores que não tem nenhum poder de decisão nas discussões institucionais".


 
O partido também analisa que "agressões e adjetivos pejorativos estão sendo feitos de forma provocativa, o que demonstra, que para o Palácio Alencastro, o diálogo e o entendimento não significam melhor caminho para a solução de impasses", prossegue a nota.


 
Para finalizar, a nota cobra respeito do prefeito Mauro Mendes sobre o que representa a figura do presidente da Casa. Desde o início da atual legislatura, câmara e prefeitura iniciaram diversos embates, como a derrubada pelos vereadores de 25% de aumento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), bem como, a tentativa dos parlamentares em aumentar o duodécimo da Casa, ao pedir revisão da Receita Corrente Líquida (RCL), em uma tentativa de aumentar a composição dos 4,5% permitidos em lei.


 
Outros embates foram referentes aos projetos de lei do transporte público. O episódio recente, demonstrou que Mendes, ao conseguir manter o veto em quatro dos cinco projetos, fortaleceu o entendimento do Executivo sobre os vereadores que compõe a base governista, até então, conhecida como "base gelatina". Com maioria dos parlamentares, Mendes estava colhendo apenas fracassos nas matérias de interesse da Prefeitura.


 
Com a instauração da CPI do Maquinário, que irá investigar a locação de maquinários no valor de R$9,5 milhões, pela Prefeitura, por supostas irregularidades, como as empresas vencedoras, que não possuíam registro junto à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), e duas empresas que estavam registradas no mesmo endereço. Outro questionamento é sobre as 67 máquinas adquiridas na gestão do ex-prefeito Chico Galindo. Além das empresas vencedoras serem de propriedade de sócios do prefeito e também doadores de campanha.


 
A propositura da CPI, culminou em contra-ataque ao presidente da Casa, João Emanuel, que deve ser investigado pelas outras CPIs, sobre cerca de três projetos de lei que chegaram com redação alterada à prefeitura, e pela gestão na Secretaria de Habitação.





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