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Policia MT
Quinta - 22 de Agosto de 2013 às 08:42
Por: ALECY ALVES

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Geraldo Tavares/DC
Cuidador de carros disse que amarrou o professor porque pensou que ele estava desmaiado
Cuidador de carros disse que amarrou o professor porque pensou que ele estava desmaiado
Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, o cuidador de carros Júlio César de Silva, 25 anos, procurado pelo assassinato do professor Pedro Sampaio de Araújo, 52, confessou a autoria do crime, ocorrido no dia quatro deste mês. 


 
Júlio recebeu a equipe do jornal na casa de um parente, no bairro Dom Aquino, minutos antes de se entregar à polícia, que foi chamada pela própria família. 


 
O rapaz, que aparentava medo e dúvida sobre se deveria ou não se entregar, disse que estava sob efeito de droga no momento do assassinato. Usuário de pasta-base de cocaína desde os 15 anos, relatou que quando matou o professor usava drogas há pelo menos quatro dias continuamente, sem dormir e se alimentar. 


 
O professor morreu estrangulado na cama da casa onde morava, no bairro Recanto dos Pássaros, para onde supostamente levou o acusado. O assassinato aconteceu na madrugada do dia quatro deste mês. 


 
Júlio diz que conheceu o professor na noite do crime, quando caminhava a pé pela Estrada do Moinho (avenida Jornalista Archimedes Pereira Lima). Ele contou que foi abordado e aceitou o convite para “curtir”. 


 
Conforme o cuidador de carros, Pedro passou por ele duas vezes, de carro, antes de parar e fazer o convite. 


 
“Perguntei o que ele queria, e ele respondeu: “curtir com você”, relata o acusado. Ao entrar no carro e indagar para onde iriam, o professor, conforme Júlio Cesar, respondeu “para minha casa”. 


 
Na casa, a primeira coisa que fizeram foi jantar. Logo em seguida, conta, o professou foi tomar banho e ele adormeceu na cama da vítima. “Acordei sem a bermuda, com ele sobre mim, tentando transar. Ele passava o pênis na minha bunda”, completa. 


 
Júlio César diz que reagiu tentando imobilizar o professor, mas Pedro reagiu e entraram em luta corporal. “Ele estava me enforcando, eu fiz o mesmo, apertei o pescoço dele até me soltar. Pensei que estava desmaiado, por isto o amarrei, para ele não acordar e reagir”. 


 
O cuidador de carro, que trabalhava nessa atividade nas proximidades do Ganha-Tempo, na Praça Ipiranga, diz que depois de amarrá-lo, decidiu roubar o notebook, o celular, uma aliança de ouro e fugir no carro dele, um Fiat Uno. 


 
Com cinco passagens por presídios (Carumbé e Pascoal Ramos) por assaltos e furtos, Júlio César foi convencido pela família a se entregar. A irmã, Kryzian Jeane da Silva, diz que a mãe sempre alertou Júlio sobre os riscos que corria usando e drogas e praticando crimes, além das mais de 10 internações em clínicas terapêuticas na tentativa de tratar a dependência. 


 
“Nossa mãe sempre dizia que se um dia ele tirasse a vida de alguém, teria de pagar por isso”, relata a irmã. O que a família quer, conforme a tia, Delma Brandão, é que seja penalizado dentro das leis e não com tortura ou vingança. 


 
Dias atrás, Júlio César diz que por pouco não o mataram. Ela estaria em uma moto na avenida dos Trabalhadores quando uma caminhonete veio em sua direção. Ele conseguiu fugir por ruas internas do bairro Novo Horizonte. 


 
Essa, porém, não seria a primeira vez que ele consegue livrar-se da morte. A mais grave ocorreu seis meses atrás, quando brigou com um homem em um bar. O sujeito, recorda, disparou seis tiros contra ele, acertando apenas um, de raspão. 





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