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Sexta - 03 de Setembro de 2010 às 08:26
Por: Flávia Borges

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Djalma Sabo Mendes, que foi o segundo colocado na disputa, mas acabou conquistando o direito de administrar a Defensoria Pública nos últimos dois anos graças ao poder da caneta do ex-governador Blairo Maggi (PR), já está se articulando para ser reconduzido ao cargo em novembro deste ano, quando termina seu mandato. A "briga", no entanto, não será fácil, pois 7 já são cogitados para disputar o posto.

Além de Djalma, devem tentar o comando da Defensoria Pública o corregedor-geral André Luiz Prieto, Edson Jair Weschter, Carlos Eduardo Roika, Márcio Dorileo, José Carlos Evangelista e Helyodora Carolyne Almeida Rotini, a Karol Rotini, ex-defensora pública-geral e que foi a mais votada na disputa há 2 anos, mas acabou perdendo o cargo para Djalma por determinação de Maggi. Ela, inclusive, seria uma das favoritas, assim como Prieto.

O mandato de Djalma tem sido considerado polêmico, o que gera a rejeição de seu nome por grande parte dos defensores. Ele determinou, por exemplo, a remoção de alguns profissionais que atuavam na Capital e em Várzea Grande para o interior do Estado, causando a revolta da categoria. Ainda de acordo com alguns profissionais que atuam no interior e que aguardam a chance de vir para Cuiabá, há privilégios em sua gestão a alguns "novatos". Djalma estaria beneficiando quatro defensores que foram classificados num concurso anterior ao de 2009, mas não haviam tomado posse até então.

Segundo informações, um acordo teria sido fechado entre Djalma e os quatro defensores no intuito de receber votos quando disputou o cargo, em 2009. Em troca, ele teria prometido mantê-los na Capital ao invés de mandá-los para o interior, "furando" a fila de antiguidade que deve ser respeitada. Outros 39 profissionais, que hoje atuam no interior apesar de já possuírem "tempo de serviço" para virem para Cuiabá e Várzea Grande, teriam ficado "inconformados".

Em contraponto, a interiorização da Justiça gratuita já havia sido anunciada por Djalma antes mesmo de assumir o cargo. Ele sempre afirmou que a Defensoria Pública é o elo entre o povo e o Judiciário e, por isso, entende que os defensores devem atuar mais no interior do Estado para vivenciar de perto os problemas enfrentados pela sociedade carente.

A gestão Karol também não fica atrás quando o assunto é "escândalo". Foi marcada por gastos excessivos. Sob sua responsabilidade, foram pagas despesas de R$ 29,5 milhões. Somente com telefone celular, Karol gastou R$ 56,5 mil. Deixou para Djalma uma dívida flutuante inscrita em restos a pagar de R$ 181,4 mil. A ex-chefe da Defensoria do Estado promoveu 25 licitações, que somam R$ 2 milhões. Destas, 19 foram homologadas. Das licitações válidas, 17 foram com pregão presencial, enquanto as outras 2 foram por carta-convite. Houve ainda cinco dispensas licitatórias e nove inexigibilidades, conforme o Tribunal de Constas do Estado (TCE).

Criada em 1998, a Justiça gratuita do Estado possui hoje 141 defensores públicos. A votação para a escolha do novo defensor-geral acontece em duas fases. No início de novembro, defensores que atuam no interior vão às suas comarcas para votar. O voto é secreto e é realizado por meio de cédulas que serão preenchidas e, posteriormente, inseridas em um envelope que vai para a urna. As do interior serão lacradas e seguem para Cuiabá e ficam sob a responsabilidade do presidente da Comissão Eleitoral. Já na segunda fase, na segunda quinzena de novembro, os defensores de Cuiabá e Várzea Grande votam na sede da Defensoria-Geral e, encerrada a votação, é feita a apuração dos votos pelo presidente e por mais dois membros da Comissão. Depois, é formada uma lista tríplice que deve ser encaminhada ao governador Silval Barbosa (PMDB) para que ele decida quem será o novo defensor-público-geral. O tempo do mandato à frente do órgão é de dois anos.





Fonte: RD News

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