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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 30 de Julho de 2010 às 13:35

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O Grupo de Pesquisa em Tecnologia Assistiva do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) terá um auxilio a mais no desafio de desenvolver novos equipamentos e sistemas destinados à pessoas com deficiência física. O projeto de pesquisa “Rede de Tecnologia Assistiva e Reabilitação Neuromuscular” foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

Desenvolvido em parceira com grupos de pesquisa da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista (FEIS/UNESP), da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB – Campo Grande/MS) e do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (CRIDAC) – integrada a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) o projeto é coordenado pelo professor doutor do Campus Cuiabá do IFMT, Tony Inácio da Silva, e tem como objetivo implantar no estado de Mato Grosso um laboratório de reabilitação assistiva. As pesquisas realizadas no laboratório serão para aprimorar quatro equipamentos destinados à pessoas em tratamento de reabilitação/recuperação de lesões medulares e que tem dificuldade de locomoção.

O projeto será o primeiro em Mato Grosso a realizar a automatização de cadeiras de rodas. Atualmente os cadeirantes mato-grossenses que precisam implantar um sistema de motorização em suas cadeiras de rodas precisam ir à Brasília. Segundo o professor doutor, Tony Inácio da Silva, além de motorizar as cadeiras o laboratório pretende adaptar os equipamentos de acordo com as necessidades de cada pessoa.

“Para cada paciente existem especificidades. Não basta colocar o motor na cadeira, é preciso verificar qual o tipo de deficiência dessa pessoa para que ela consiga utilizar o equipamento com independência”, explica o doutor.

A equipe também desenvolverá um novo dinamômetro biomédico, equipamento utilizado para medir a força das mãos de pacientes com lesões. O dinamômetro ajuda o profissional da saúde a avaliar a evolução do tratamento. Segundo Tony, o novo equipamento vai permitir que o médico possa verificar a evolução de cada dedo da mão. “O diferencial deste novo dinamômetro é que ele possibilita avaliar músculos em particular. Os equipamentos que existem hoje avaliam a mão como um todo”, esclarece.

Além do dinamômetro e da automatização das cadeiras de roda o laboratório vai aprimorar mais dois equipamentos: um neuroestimulador portátil, utilizado no auxílio da recuperação de movimentos em pacientes com algum tipo de paralisia, como por exemplo, vítimas de AVC (acidente vascular cerebral); e um barapodômetro, equipamento que consegue visualizar os pontos de aplicação do peso do corpo do paciente sobre os pés, indicando assim possíveis desvios de postura, alterações no equilíbrio, entre outras avaliações.

A parceria dos grupos de pesquisa é fundamental para o projeto. O CRIDAC ficará responsável por selecionar os pacientes e dar o suporte médico, com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e demais profissionais da saúde. Os demais grupos, formados por engenheiros eletricistas, mecânicos e profissionais de outras áreas, serão responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico dos equipamentos.

O valor aprovado para o projeto é de R$ 108 mil. Entre os equipamentos que serão adquiridos com a verba está uma fresadora automática para circuitos impressos, até agora inexistente no estado de Mato Grosso. “Essa máquina vai contribuir significativamente para construção dos protótipos”, conta Tony Inácio da Silva.

Além da Fapemat, o grupo de pesquisa também busca outras agências de fomento à pesquisa e parcerias privadas para investimentos em outros equipamentos de infra-estrutura do laboratório.

Grupo de Pesquisa em Tecnologia Assistiva

O Grupo de Pesquisa em Tecnologia Assistiva do IFMT surgiu em 2009, com a integração de esforços do IFMT com o CRIDAC. Este ano os pesquisadores traçaram as principais linhas de pesquisa o que deu inicio a elaboração do projeto de tecnologia assistiva e reabilitação neuromuscular.

O laboratório de tecnologia assistiva ainda não foi implantado em local físico, pois a equipe aguarda a liberação de recursos para aquisição de equipamentos. Entretanto já possui alunos bolsistas em programas de iniciação científica desenvolvendo circuitos eletro-eletrônicos a serem implementados sob orientação dos pesquisadores do grupo.

A equipe que forma o grupo de pesquisadores conta com a participação de profissionais da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, lotados no CRIDAC, pesquisadores e alunos do IFMT. Além de um grupo de pesquisadores da UNESP e da UCDB.






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