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Terça - 20 de Julho de 2010 às 09:17
Por: Amanda Alves

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O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) prevê que nesta semana o sol vai aparecer durante os dias para amenizar as temperaturas mínimas de até 10ºC que atingiram Mato Grosso na última semana. Situação de alento aos moradores de rua e famílias em vulnerabilidade social, que procuram ajuda em abrigos da cidade e sofrem na pele os efeitos do clima.

As 220 vagas dos 3 albergues da cidade estão preenchidas. Depois que as temperaturas baixas pegaram de surpresa os mais necessitados, a demanda pelo albergue Manuel Miraglia, por exemplo, passou de 48 pessoas para a lotação máxima de 60 no último final de semana. Por falta de cama, os dormitórios tiveram que ser improvisados no chão da Capela anexa ao estabelecimento.

Apesar do sol, as temperaturas mínimas continuam baixas por causa de uma massa de ar polar que se espalhou por boa parte do continente sul americano, segundo o meteorologista do Cptec, Felipe José Farias.

Regiões brasileiras como Centro-Oeste, Sudeste e Sul, ainda sentem os efeitos climáticos. "Esta semana a massa não estará influenciando tanto e a temperatura máxima vai voltar aos poucos, e chegará a 34ºC na quinta-feira".

Felipe explica que o sistema de alta pressão inibe a formação de nuvens, prevalecendo o céu aberto com sol.

A gerente do albergue Manuel Miraglia, Angela Meirico, diz que a demanda em época de frio como esta é comum, apesar de os novos albergados não terem o costume de procurar ajuda da Prefeitura. Os moradores de rua são os que mais procuram ajuda e têm resistência às regras dos albergues.

Para o secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, Jaber José Martins Moraes, o principal entrave é o fato de a maioria ser dependente químico. "Eles procuram quando precisam, mas não conseguem viver muito tempo em abstinência".

O tempo médio de passagem, nestes casos, é de 3 dias, o que contabiliza um público flutuante de 170 pessoas, com base em cadastros realizados.

Para quem se mostra interessado, uma opção são os encaminhamentos para a rede de saúde para tratamento. O secretário aponta ainda a existência de cerca de 200 moradores, atualmente nas ruas de Cuiabá.

Nos últimos 5 dias, duas pessoas já teriam morrido na região metropolitana da Capital de hipotermia.





Fonte: A Gazeta

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