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Sábado - 22 de Maio de 2010 às 08:59
Por: Téo Meneses

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O advogado Max Weyze Mendonça ficou menos de um dia preso e ganhou liberdade. Apontado como uma das pessoas que exploravam prestígio no Judiciário de Mato Grosso, ele teve a prisão temporária revogada pela ministra Nancy Adrighi. Mas foi detido na operação Asafe, da Polícia Federal. É o segundo a deixar a cadeia. Outros sete acusados continuam presos.

Responsável pela defesa de Max Weyze, o advogado Urano Nunes afirma que ele ganhou liberdade na noite de quinta-feira (21). Ficou menos de um dia preso no 3º Batalhão da Polícia Militar no bairro CPA 4 e deixou o local após a ministra deferir o pedido da defesa e revogar a prisão temporária de cinco dias que ela mesma decretou e venceria hoje.

"Essa decisão da ministra mostra que não havia motivo para prisão e foi totalmente desnecessária, uma vez que ele (Max Weyze) viajou 2,1 mil km para se apresentar e está à disposição para contribuir com as investigações", afirma Urano, ao ressaltar que o cliente não fugiu da Polícia Federal e só compareceu mais de 24 horas depois da busca e apreensão na sua residência porque estava em viagem pelo interior de Minas Gerais, onde também tem negócios. Ele havia sido considerado foragido pelo delegado Carlos Eduardo Fistarol na manhã de terça-feira (18).

Max foi preso ao comparecer na sede da Superintendência da PF em Cuiabá na noite de quarta-feira (19). Por ser advogado, foi transferido para uma sala especial do 3º Batalhão, onde ficou preso juntamente com outros seis advogados. A advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, está sozinha em uma sala especial no mesmo local.

Em depoimento, Max Weyze admitiu ter apenas relação social com os juízes e desembargadores investigados por venda de sentença. "Mas isso não quer dizer nada. Ele conhece essas pessoas como muita gente conhece e isso não significa nada demais. Além disso, há anos ele não pega nenhum caso novo para advogar. Ele tem negócios em Mato Grosso e Minas Gerais e a advocacia não tem sido exercida plenamente".

Além de Max Weyze, a ministra já revogou também a prisão temporária da autônoma Ivone Siqueira, a primeira a ganhar a liberdade na operação Asafe. Ela é apontada juntamente com o marido de ser uma das lobistas nas vendas de sentenças investigadas pela Polícia Federal.

Continuam presos os advogados Alcenor Alves de Souza, Alessandro Jacarandá, Célia Cury, Jarbas Nascimento, Rodrigo Vieira, Santos de Souza Ribeiro e o empresário Cláudio Emanuel Camargo. Como todos os acusados estão presos por causa de prisões temporárias, eles devem ganhar automaticamente a liberdade hoje caso a Justiça não as prorrogue as prisões.

Como o caso vem correndo em segredo de Justiça, a Procuradoria Geral da República (PGR) em Brasília não confirmou ontem se já pediu a prorrogação das prisões por mais cinco dias. O STJ também não confirma devido o sigilo determinado pela ministra Nancy Adrighi.





Fonte: A Gazeta

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