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Quinta - 29 de Abril de 2010 às 04:11
Por: Alecy Alves

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No último manifesto, sindicalistas fecharam entrada do Fórum da Capital. Movimento deve atingir 800 na Capital
No último manifesto, sindicalistas fecharam entrada do Fórum da Capital. Movimento deve atingir 800 na Capital

Mais uma vez os servidores do Poder Judiciário decretaram greve. A decisão, aprovada ontem, deve paralisar as atividades no Fórum de Cuiabá e de outras grandes cidades do interior do Estado, como Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, a partir da próxima segunda-feira.

Três itens de uma extensa e antiga pauta de reivindicações em debate no Judiciário foram decisivas: auxílio alimentação, passivo da URV (Unidade Real de Valor) e o reenquadramento dos antigos oficiais de Justiça no organograma do TJ como servidor de nível superior em Direito.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues dos Santos, havia um compromisso firmado entre a entidade e a direção do TJ que previa a votação e aprovação do pagamento de R$ 500 de auxílio-alimentação e da regulamentação da Resolução 48 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que trata da situação dos oficiais de Justiça.

O Pleno do TJ, composto pelos desembargadores, deveria ter se reunido na última segunda-feira para votar essas e outras matérias, mas a sessão acabou sendo cancelada. O pagamento da URV, questão que se arrasta há mais de sete anos, também teria sido negociado pelos servidores, segundo Rosenwal Santos.

Conforme o presidente do Sinjusmat, os servidores ganharam na Justiça o direito de receber as perdas acumuladas a partir de 1994, com a criação do Plano Real, no período em que seus salários não foram corrigidos pela URV, mas o Tribunal ainda não quitou a dívida.

Santos explicou que há 10 dias, desde a terça-feira da semana passada, os servidores do Judiciário estão em assembleia permanente e em estado de greve, conforme documento informativo 3984/2010, protocolado no Tribunal.

Somente em Cuiabá, a greve pode paralisar mais de 800 servidores que atuam no Fórum e comprometer centenas de audiências, assim como atrasar, ainda mais, a tramitação dos processos. Santos disse que o sindicato não foi informado sobre as razões do cancelamento da sessão do Pleno.

Essa é a segunda paralisação da categoria em menos de seis meses. Na primeira, em novembro de 2009, até o acesso ao Fórum de Cuiabá foi interditado pelos servidores. Após negociação o movimento foi suspenso.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Tribunal em busca de uma posição a respeito do assunto, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição. 






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