Dois do que tiveram a prisão preventiva decretada estão foragidos e outros 12 indiciados pela PF ficarão pelo menos mais 30 dias detidos
Juiz decreta preventiva de 12 acusados

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de 12 dos acusados presos na operação Hygeia, que investiga desvio de dinheiro da Funasa feito por servidores, agentes políticos as Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).

O Ministério Público Federal havia pedido a prisão preventiva para 15 dos indiciados, porém o juiz da Justiça Federal, Julier Sebastião da Silva, indeferiu o pedido de Abel Alves Saraiva dos Santos, Rafael Bello Bastos e Welligton Fanaia Pereira.

Todos os que continuam presos são ligados ao ramo empresarial de suporte ao esquema.

Entre as 12 pessoas com prisão preventiva decretada, dois ainda continuam foragidos: o presidente do Instituto Creatio, Luciano de Carvalho, e Ronildo Nascimento, empresário ligado à Oscip Idheas.

O mandado de prisão de outras 16 pessoas terminou ontem, à meia-noite. Eles deveriam ser soltos ainda nesta madrugada.

Continuarão presos Carlos Roberto Ribeiro de Miranda, Celino Henrique Lugon Fraga, Evandro Vitório, Francisco Salvador de Mattos, José Luis Gomes Bezerra, Luciano de Carvalho Mesquita, Maria Guimarães Bueno de Araújo Cuiabá, Renata Guimarães Bueno, Ronildo Lopes do Nascimento, Ronilton Souza Carlos, Valdebran Carlos Padilha Silva e Waldemir José Padilha Silva.

A Justiça Federal também determinou o afastamento dos servidores públicos acusados de envolvimento no suposto esquema de suas funções. São eles: Lauriel Francisco da Silva, Mario Lemos de Almeida, Warley Guerra Duarte, Washington Luis Melo dos Anjos, Edson Ricardo Petille, Gleida Mariza Costa, Idio Nemésio de Barros Neto, Marcio Souza Faria, Marco Antonio Stangherlin, Paulo Felix Castro de Almeida, Odil Benedito Antunes do Nascimento, Raul Dias de Moura e Rafael Bello Bastos.

A Polícia Federal já indiciou 46 pessoas acusadas de envolvimento no esquema de supostas fraudes na Funasa e prefeituras do interior, que pode ter desviado R$ 200 milhões.

A Operação Hygeia foi deflagrada na quarta-feira passada. Foram expedidos 35 mandados de prisão e 76 de busca e apreensão. O esquema era orquestrado por agentes políticos, servidores e as Oscips Creatio e Idheas.

As investigações da PF indicaram que a quadrilha atuava em três frentes distintas, mas que se comunicavam através de um núcleo empresarial, o maior beneficiário dos desvios dos recursos federais.

O esquema teve início em Mato Grosso, mas, segundo a PF, já estava se ramificando para Minas Gerais, Rondônia e Brasília.