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Quarta - 14 de Abril de 2010 às 07:17
Por: Ana Rosa Fagundes

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O juiz da Justiça Federal, Julier Sebastião da Silva, vai pedir parecer do Ministério Público Federal sobre os pedidos de revogação de prisão temporária feitas pela defesa dos presos da operação Hygeia.

A Polícia Federal deflagrou a operação Hygeia na quarta-feira passada. As investigações apontaram desvio de mais de R$ 51 milhões da Funasa e do Ministério das Cidades, porém, conforme auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), o rombo pode chegar a R$ 200 milhões. O suposto esquema era orquestrado por agentes políticos ligados ao deputado Carlos Bezerra (PMDB), diretores de Oscips e servidores da Funasa e de prefeituras do interior.

No total, 36 mandados de prisões temporária – que valem por 5 dias - foram expedidos, mas apenas 27 pessoas estão presas temporariamente. Das 31 prisões feitas na semana passada, a Justiça Federal determinou a prorrogação para 26. Além das pessoas presas na semana passada, nesta segunda-feira a PF prendeu mais um acusado que estava foragido no Acre.

Caso não consigam algum recurso para sair antes, os presos devem ser soltos na sexta-feira. No Ministério Público, o responsável pelo caso é o procurador Mário Lúcio Avelar.

A Justiça já concedeu revogação de prisão para cinco pessoas: o servidor da Funasa, Idio Nemésio de Barros Neto; a empresária Ana Beatriz Muller; Francenylson Luiz Dantas dos Santos; Rodrigo Guerra Duarte; e Willianes Pimentel de Oliveira.

A defesa do ex-prefeito de Santo Antônio de Leverger, Faustino Dias (DEM), foi uma das que apelaram à própria Justiça Federal pela revogação da prisão temporária. O advogado Sebastião Monteiro apela para a saúde frágil de Faustino Dias. Segundo ele, o ex-prefeito sofre de crônica doença cardíaca, tendo, inclusive, um marca-passo no coração. Além disso ele argumenta que, como ex-gestor da prefeitura, ele não teria acesso a qualquer documento que interesse à investigação e outros a PF já fez apreensão de seus bens e documentos que interessam à apuração do suposto esquema.

Entre os que também tentam revogação de prisão estão Carlos Roberto de Miranda, tesoureiro do PMDB; Rafael Bastos, assessor parlamentar do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB); José Luis Gomes Bezerra, sobrinho do deputado; e os irmãos Valdebran e Valdemir Padilha.






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