Polícia acredita que Juliano da Silva é o responsável por fazer reféns, maltratar vítimas e roubar uma série de imóveis na cidade desde 2009
Preso suspeito de assaltar várias casas em VG

A prisão do assaltante Juliano da Silva, de 27 anos, pode levar a Polícia Civil a esclarecer vários assaltos a residências ocorridos desde o ano passado em Várzea Grande. Até agora, ele foi reconhecido em três roubos nos quais os ladrões agiram com violência, em três ou quatro participantes. Num dos assaltos, fizeram nove pessoas reféns. O alvo dos bandidos são jóias, notebooks e armas. Ele é suspeito de estar com uma pistola ponto 40mm roubada de uma policial civil recentemente.

Juliano foi preso ontem de manhã por policias da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (Derrf) que o localizaram numa casa no bairro Pirinéu, em Várzea Grande. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande, Newton Franco de Godói.

Ele foi reconhecido no assalto a uma casa no bairro São Gonçalo, em Várzea Grande, onde rendeu um casal que cuida da residência. Os assaltantes ainda espancaram o caseiro. Em seguida, invadiram a casa principal, rendendo a filha da proprietária que dormia. No roubo, ele agiu em companhia de mais dois cúmplices - Evan Mateus Gonçalves Neto, de 20, e Disney França dos Santos, de 22, presos horas depois.

“Os ladrões aproveitaram que eu estava viajando para invadir a casa. Eles espancaram o caseiro e tentaram ainda roubar o carro, um Vectra, e um caminhão. Como não conseguiram, fugiram a pé, mas podem ter pego carona com algum carro”, relatou o proprietário da casa que esteve ontem de manhã na delegacia para fazer o reconhecimento.

Em outro assalto, ocorrido no dia 12 de fevereiro, os bandidos invadiram uma casa no Jardim Ipase onde renderam nove pessoas - sendo cinco adultos e uma criança. “Durante o assalto, exigiram dinheiro, jóias, notebooks e também uma bicicleta”, disse uma das vítimas que esteve na delegacia e reconheceu Juliano como um dos participantes.

O terceiro assalto ocorreu no final de fevereiro, na região do Jardim Imperador, onde agiram de forma semelhante - roubaram aparelho de TV de LCD, uma motocicleta e outros pertences. “A vítima não teve dúvidas da participação dele (Juliano)”, explicou um policial que participa das investigações.

Juliano admitiu ter participado de vários assaltos, não se lembrando de quantos, porém menos do que a polícia o atribuiu. “Menos, muito menos. Nos roubos a gente se reunia e, depois vendia os produtos. Eu não era o chefe porque quem tem chefe é índio”, frisou.

Para o delegado Francisco Kunze, titular da DERRF, o número de assaltos praticados por Juliano pode passar de uma dezena. “Com a divulgação da prisão dele, com certeza mais vítimas deverão procurar a delegacia”.