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Sábado - 20 de Março de 2010 às 10:12
Por: Romilson Dourado

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   O prefeito cuiabano Wilson Santos, pré-candidato a governador, cortou cerca de R$ 130 mil mensais do duodécimo da Câmara Municipal, sob Deucimar Silva. A Mesa Diretora está na bronca com essa decisão. Quer uma reunião com o Palácio Alencastro, inclusive com a presença do vice Chico Galindo (PTB), que deve assumir a cadeira de prefeito a partir de abril com a renúncia do tucano por causa da corrida à sucessão estadual. O Legislativo cuiabano vinha "abocanhando" R$ 1,8 milhão. Esse orçamento foi consolidado em todo o exercício de 2009, somando R$ 21,7 milhões.

   Agora, Wilson determinou que o repasse caísse para R$ 1,6 milhão. Essa decisão técnica pode ter consequências políticas. O PP de Deucimar que vive no muro sobre quem apoiar para governador passa a ter, nessas articulações, mais um anti-Wilson, o próprio presidente da Câmara. Deucimar tem dito a aliados que, mesmo que a legenda progressista esteja fazendo parte do primeiro escalão, com os advogados João Emanuel da Agência de Habitação e Jader Martins Moraes na Assistência Social e Desenvolvimento Humano, ele não tem nenhum compromisso de aderir à campanha majoritária tucana. Acha que o prefeito está tentando prejudicar sua gestão. Deucimar é pré-candidato a deputado estadual. Ele tem explorado como discurso nesta fase de pré-campanha que é "bom gestor", alegando que conseguiu "fechar torneiras" e equilibrar a aplicação do duodécimo, ao ponto de não acumular despesas, e também em defesa da moralidade por ter contribuído decisivamente para cassação dos mandatos de Ralf Leite (PRTB) e Lutero Ponce (PMDB).

   Deucimar conseguiu respaldo do presidente da Assembleia, José Riva, cacique do PP, para agir mais duro na relação com o Alencastro. Vai cobrar retomada do duodécimo de R$ 1,8 milhão e um crédito acumulado de aproximadamente R$ 2 milhões. Segundo a Mesa Diretora, a prefeitura reduziu o repasse desde fevereiro sem ao menos fazer um comunicado oficial. No ano passado, em dezembro o duodécimo chegou a R$ 2,2 milhões e, em maio, a R$ 2 milhões. O menor repasse do exercício de 2009 foi registrado em novembro, de R$ 1,3 milhão.

   Os cálculos que definem o duodécimo são feitos considerando a arrecadação prevista e o número de habitantes, que chega hoje a 550 mil moradores. O Palácio Alencastro considerou o índice demográfico, uma das principais regras que definem a divisão dos recursos arrecadados pelo Executivo, e reduziu o repasse dos 6% do orçamento para 5%. Deucimar agora tenta se "ajustar" por causa da "perda" de R$ 130 mil. A Câmara tem cerca de 500 servidores. Pelo menos 90% do duodécimo são gastos com a folha de pagamento. Cada um dos 19 vereadores recebe R$ 9,2 mil de subsídio e tem direito a uma série de vantagens, como R$ 9 mil de verba indenizatória e R$ 12,2 mil de verba de gabinete.





Fonte: RD News

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