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Cidades/Geral
Sexta - 19 de Março de 2010 às 00:40
Por: Joanice de Deus

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Manter a tradição religiosa dos católicos de comer peixe durante a Semana Santa fica cada vez mais caro. O preço do pescado, especialmente do rio Cuiabá ou do Pantanal, que já é oneroso, pode ficar ainda mais alto devido à escassez das espécies no rio e ao aumento do consumo.

É a velha lei da oferta e da procura e, porque não, da lucratividade. “O preço deve subir porque não tem peixe no rio, se tiver, o preço cai. O pessoal está indo pescar em Porto Jofre, no Pantanal. São 250 quilômetros de Cuiabá e isso reflete aumento nos custos”, avaliou o pescador Diogo Francisco de Arruda.

No Mercado do Porto, principal ponto de comercialização do pescado na Grande Cuiabá, a expectativa é que o movimento aumente a partir do dia 30. “O cuiabano, como todo brasileiro, sempre deixa para última hora. Só que o peixe desapareceu, não está pegando no canal do rio Cuiabá. Quem comprar agora vai pagar mais barato”, ponderou o revendedor Manoel do Nascimento Filho.

O consumidor reclama do preço. “Seja de tanque ou de rio o preço é salgado. Quem é que compra peixe de tanque e consegue pagar apenas R$ 6”, avaliou o motorista Francisco Matos, 58 anos, se referindo também ao Peixe Santo, projeto mantido pela prefeitura de Cuiabá.

Ontem, Matos pagou R$ 15 pelo quilo da ventrecha de pacu, cuja peça pode custar até R$ 50. “Depende do tamanho”, frisou outro pescador Flávio Almeida Brito.

Nos boxes de revenda, o quilo de espécies como pintado sai por R$ 20, o dourado, por R$ 10, assim como o tambacu. Para quem gosta de ventrecha de pacu, o produto pode ser encontrado por preços que variam entre R$ 10 e R$ 15 e o filé de pintado, R$ 20. Tudo limpo e sem espinha é o que garante a maioria dos revendedores do mercado.

Para quem está com pouca grana e não abre mão de comer peixe, especialmente na Sexta-feira Santa, uma opção é escolher espécies menos nobres, mas que os pescadores garante que são tão saborosas quanto o pacu ou o pintado. A cambada de bagres (12 peças), por exemplo, custa R$ 20. Outra alternativa é o chamado Peixe Santo. Na Capital, serão montados 120 pontos distintos para a revenda de tambacu e tambatinga a um custo de R$ 6 o quilo do produto com víscera.






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