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Politica MT
Quinta - 11 de Março de 2010 às 22:16
Por: Izabela Andrade

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O motivo principal para o insucesso da campanha do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) 2009 é que 88% da população se mantêm inadimplente quanto à arrecadação do tributo. A prefeitura de Várzea Grande frustrou-se com recolhimento do imposto, obtendo índices insatisfatórios de arrecadação, muito abaixo do esperado pela secretaria de Fazenda, que projetava arrecadar R$ 37 milhões, durante toda campanha.

Os índices de não pagamento do IPTU acarretam na elevação da dívida ativa do município, que atualmente conta com um estoque superior a R$ 90 milhões, sendo a maior parte desse valor decorrente do imposto.

Esse tipo de efeito “cascata” pode ser constatado no relatório emitido pela secretaria de Controle Interno de Várzea Grande, pasta sob o comando de Bolanger José de Almeida, que divulgou o resultado de auditoria no qual constam os maiores devedores do IPTU/ 2009.

O descaso e falta de comprometimento com o município é tanto, que nem mesmo o prefeito interino Tião da Zaeli (PR) quitou o IPTU junto à prefeitura e deve pouco mais de R$ 5 mil, assim como a empresa do prefeito licenciado Murilo Domingos (PR) que soma uma dívida de quase R$ 15 mil.

Na lista com 250 nomes estão: empresas, pessoas físcas, estelionatários e imóveis de políticos. Entre os principais figurões da política várzea-grandense está à família do Senador Jaime Campos (DEM), com um débito de R$ 47.296,15 mil.

Ainda no âmbito dos inadimplentes, figuram no relatório o “bicheiro” João Arcanjo Ribeiro, e o empresário Ivanor Luiz Piran - condenado juntamente com Valdir Agostinho Piran por crime contra o sistema financeiro e formação de quadrilha. Além do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Gonçalo Branco Pedroso de Barros, o servidor Juarez Toledo Pizza e a empresa Gemini Projetos e Incorporações - empreiteira responsável pela execução de um dos lotes do PAC em Várzea Grande.

Segundo o procurador do município, Geraldo Carlos de Oliveira, os devedores foram notificados pela Procuradoria Municipal, a fim de negociar suas dívidas, inclusive com a publicação da lista dos devedores, no jornal de circulação municipal no dia 10 de fevereiro. Ele ainda explicou que nesse caso, o valor em dívida recai sobre o imóvel e garante o pagamento em caso de execução.

Novamente o executivo municipal, tenta embutir a “falsa” promessa de que o contribuinte será beneficiado com arrecadação do IPTU, mas como é perceptível a desordem vem de “cima para baixo”, e os bairros continuam sem a infraestrutura adequada para abrigar seus munícipes.






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