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Quinta - 11 de Março de 2010 às 00:30

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Mato Grosso será um dos estados beneficiados com o projeto de lei 5938/09, aprovado pela Câmara dos Deputados, esta noite, por 369 votos contra 72, que prevê novos critérios de distribuição dos royalties da exploração de petróleo e cria o regime de partilha para os blocos do pré-sal (conjunto de rochas no fundo do mar com potencial para a geração e acúmulo de petróleo) ainda não licitados. A proposta segue para o Senado e principal mudança é a aprovação de uma emenda que beneficia os estados não produtores de petróleo.

O governo federal ficará com 40% do dinheiro da venda do petróleo. Os Estados e municípios vão receber "cotas" com base no percentual do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Os estados ficarão com metade dos recursos e os municípios com a outra metade. Ainda não há uma estimativa, por parte do governo mato-grossense, do montante que deverá ser repassado.

O montante do bônus de assinatura do pré-sal, a maior parte deverá ser distribuída entre todos os municípios (35%) e todos os estados (35%) pelos critérios do FPE e do FPM. Novamente, permanece a regra de que estados produtores não recebem recursos pelo rateio geral.

Esse bônus é um valor fixo que o explorador do petróleo deve pagar à União no ato de formalização do contrato. Ele já existe no modelo de concessão e o governo federal fica com o valor total; mas, no regime de partilha, o substitutivo destina 10% aos estados e municípios.

De acordo com o deputado gaúcho Ibsen Pinheiro (PMDB), autor da emenda da partilha para os estados não produtores de petróleo,  a aprovação da emenda demonstra que estão superadas as divisões ideológicas entre esquerda e direita. "É justo que o petróleo explorado pertença a todos os brasileiros, pois todos somos iguais perante a lei", disse. Segundo o líder do PPS, Fernando Coruja (SC), autor do destaque que permitiu a votação da emenda, a nova regra inverte a concentração de recursos, "pois permite que os municípios com menos dinheiro participem da riqueza do petróleo".

A proposta aprovada hoje trará prejuízos para dois Estados: Rio de Janeiro e Espírito Santo. No Rio, a projeção é que a arrecadação caia de R$ 5 bilhões para R$ 100 milhões e o governo estadual recorrerá ao Judiciário para derrubar a decisão da Câmara dos Deputados. Para entrar em vigor, ainda é preciso ser votada no Senado e sancionada pelo governo.






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